PAULA MARISA丨Professor descreve experiências como garota de programa travesti para alunos do ensino fundamental

Paula Marisa
Paula Marisahttps://www.paulamarisa.com.br/clube-marisa
Especialista em educação, palestrante e comentarista política. Meus pronomes são Vossa Majestade/Vossa Alteza.

Um áudio estarrecedor, que poderia tranquilamente fazer parte de um podcast pornô, escancara a mazela da educação brasileira. O caso aconteceu em uma escola da rede estadual de ensino, no município de Assis (SP), durante uma aula para estudantes do 8º ano do ensino fundamental.

 Já no início da gravação, feita por uma aluna que prefere não se identificar para evitar represálias, o professor travesti demonstra toda sua “sutileza” para abordar o assunto:

“Alguém aqui tem algum problema com travesti? Porque, se tiver, a gente resolve na gilete”

Diz a lenda que travestis escondem giletes em suas bocas para se defenderem dos perigos da vida noturna. Adolescentes de 13, 14 anos sabem disso? Provavelmente não. Porque o professor fala algo assim durante uma aula? Não faço ideia. O que se ouve depois dessa evidente ameaça a menores de idade são algumas risadas, daquelas do tipo “rir para não chorar”.

O relato da saga travesti continua com a descrição da vida de “Fabíola”, o nome de guerra que o professor usa depois do expediente. Toda sexta e sábado, montada no salto, na saia justa, no peitinho postiço ela vai fazer os seus programas. Afinal de contas:

“O salário de professor é muito baixo”

Na sequência, ele/ela/elu/elx abre a aula para que os alunos façam perguntas sobre o “importantíssimo” dia a dia da garota de programa trans. Um aluno pergunta se Fabíola já teve cliente casado, outro pergunta se já teve cliente mulher, um terceiro pergunta se já teve cliente travesti. O professor/professora/professore/professorx responde A todas essas “relevantes” questões para o futuro da nação e, na sequência, sem que NINGUÉM tenha perguntado, ele/ela/elu/elx esclarece:

“Fabíola gosta principalmente de ser ativa, do que ser passiva”

Um dos alunos, revelando a inocência de um pré-púbere, ensaia a pergunta que não quer calar:

“O que que é …”

Mas nosso professor travesti, no auge de sua práxis pedagógica, se apressa em elucidar a questão que estava no ar:

“A ativa é a que come, passiva é a que dá”

Mais uma questão de “suma importância” para o futuro profissional dos estudantes brasileiros é levantada por uma das alunas da classe:

“A Fabíola é relativa né?”

A resposta veio mais rápido que enterro de pobre:

“Ela é flexível, depeeeeende do cliente. Se o cliente quiser que a Fabíola seja passiva, vai ter que pagar mais. Porque dar o c* dói, então tem que pagar mais”.

Obs: coloquei um asterisco em respeito ao meu caro leitor, mas o palavrão foi dito com todas as letras em alto e bom som.

O trágico espetáculo didático-erótico segue com detalhes de valores e serviços que são oferecidos, tudo muito bem explicadinho nos mínimos detalhes. Seria tão bom ver este empenho para a explicação de conteúdos como português e matemática, por exemplo, mas infelizmente isso é raro nas escolas brasileiras.

A mãe da aluna que fez a gravação diz que ouvia relatos da filha sobre outras situações envolvendo tal professor, mas não conseguia acreditar em tamanhos absurdos acontecendo em plena sala de aula.

“Minha filha estava sempre falando a respeito desse professor, falava que ele tentou se matar, que ensinava como cortar as veias, mas eu achava que era mentira. Mas ela gravou parte da conversa e fiquei preocupada, são crianças de 12 e 13 anos ouvindo isso.”

O professor já foi afastado e a Diretoria de Ensino de Assis informa que serão adotados todos os procedimentos previstos em lei.

A pergunta que fica é: quantas “Fabíolas” temos por aí nas escolas do país?

Fontes:

https://www.assiscity.com/local/apos-denuncia-de-pais-professor-do-clybas-e-afastado-por-fala-inapropriada-dentro-da-sala-de-aula-131729.html

https://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2024/03/13/professor-e-afastado-apos-contar-para-alunos-supostas-experiencias-como-garota-de-programa-travesti-no-interior-de-sp-audio.ghtml

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