Sarrafo grosso no lombo dos oponentes — enquanto ninguém está olhando
Saiba o leitor que existe uma alternativa à teoria da evolução: o Design Inteligente. Trata-se de uma interpretação muito mais elegante sobre o mistério da vida do que a velha e decrépita narrativa do “somos frutos do acaso e da necessidade”. A narrativa darwinista é tão brega quanto a retórica socialista. Pior. É arrogante. É autoritária. Vide a proposta do darwinismo social. Mas há uma faceta engraçada desta discussão, engraçada porque incoerente.
As sumidades científicas dos nossos dias dirigem, sem nenhum constrangimento, olhares fulminantes de desprezo àqueles que ousam dizer-se contrários à narrativa consagrada. Mas não só. Por via da pressão psicológica, da chantagem e, em alguns casos, da perseguição pura e simples, os darwinistas calam os seus oponentes numa desavergonhada demonstração de autoritarismo. O que houve com o debate “democrático” de ideias?
É engraçado: pregam a “democracia” no âmbito das discussões, mas, tão logo têm a oportunidade – quando nenhum potencial delator está olhando –, descem o sarrafo nos oponentes. Tudo, evidentemente, em nome da idoneidade moral dos homens de razão; tudo em nome da manutenção da honestidade intelectual dos respeitáveis cientistas. Quem perde é o público, as pessoas comuns que não dispõem dos meios – e da paciência — para investigar o funcionamento da realidade material e, ipso facto, são obrigadas a seguir os ensinamentos dos “profissionais da área”.
Se as pessoas comuns tivessem acesso a um ambiente de discussão verdadeiramente livre e equilibrado, no qual os debatedores tivessem não outro interesse senão a busca pela verdade, as coisas seriam diferentes. Positivamente diferentes. Mas não. Narrativas como a do Design Inteligente são enxotadas da mesa de debates como se fossem ratazanas intrusas que se pusessem a caminhar sobre a mesa do jantar. Quanta covardia!
Mas perceba, leitor, que a vantagem objetiva desta teoria é que ela apresenta para o homem comum uma interpretação que casa perfeitamente com o senso comum. Não só. O Design Inteligente está perfeitamente de acordo com a dimensão religiosa, transcendente da vida. É, portanto, uma visão não apenas mais abrangente e completa da existência, mas mais verdadeira também; ela abarca, numa única narrativa, a integralidade do indivíduo humano. O homem comum não tem mais aquela sensação de estar sendo enganado, ludibriado pelos entendedores cuja compreensão da vida não vai além da sua dimensão meramente material.
Do nada, nada procede.
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Assista à live da Bruna Torlay com o cientista brasileiro Marcos Eberlin, um dos maiores especialistas na teoria do Design Inteligente do mundo;
Leia o meu conto “Bolo de Chocolate”, uma desforra contra os darwinistas arrogantes.
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O destino do diploma era vulgarizar-se até tornar-se um certificado de pertencimento a uma corporação inchada que se protege a si mesma. “Consenso científico” e impostura hoje se confundem. Os melhores nunca são maioria, mas um consenso entre os melhores pode trazer um avanço científico. Já um consenso entre medíocres é um obstáculo à ciência.
Duas questões (por ora):
a. Existiria diferença entre “narrativa darwinista” (inspirada em Darwin) e “narrativa darwiniana” (de Darwin)?
b. O conceito de “‘design’ inteligente” seria necessariamente incompatível com as hipóteses evolucionistas?
Ótimas perguntas! As respostas virão na próxima semana.
Oba! Já aproveito para acrescentar outras duas perguntas:
c. Haveria entre os defensores do “‘design’ inteligente” quem tenha postura semelhante a essa que apontas dos evolucionistas?
d. Há evolucionistas sérios com quem seja possível realizar um debate franco?
Valeu, meu irmão! Fique à vontade!
Um enterzinho ali antes da última frase seria perfeito. Deslocar o “Do nada, nada procede” para baixo.
Gostei da alegoria da ratazana, vou plagiar, está avisado…