São Fidélis foi martirizado por hereges revolucionários calvinistas que não puderam refutar suas argumentações em favor da Santa Igreja
Hoje é dia de São Fidélis de Sigmaringa, sacerdote e mártir.
Nascido com o nome de Marcos Reyd, na cidade de Sigmaringa, na Alemanha, em 1577, Fidélis provinha de família nobre. Foi enviado para estudar em Friburgo, na Suíça, onde formou-se em Filosofia, além de Direito Civil e Direito Canônico.
Durante algum tempo, trabalhou como advogado na cidade de Colmar, na região da Alsácia. Por jamais se recusar a atender quem não pudesse pagar pelos honorários, recebeu o apelido de advogado dos pobres.
Em 1612, aos 34 anos, abandonou o direito e para se tornar sacerdote, vocação a que se via verdadeiramente chamado, juntando-se aos Frades Menores Capuchinhos da Ordem de Friburgo. Quando fez seus votos perpétuos, adotou o nome de Fidélis, que quer dizer Fiel. Tronou-se um dos grandes mestres franciscanos, e até hoje seus escritos constituem referência para a Ordem.
Por causa de sua santidade, sabedoria e imenso preparo intelectual, Frei Fidélis foi designado pelo Papa Gregório XV para combater a heresia calvinista na Suíça, o que ele fazia com argumentações perfeitas e irrefutáveis. Por esse motivo, passou a ser perseguido pelos revolucionários calvinistas mais impios.
No dia 24 de abril de 1622, após celebrar a Santa Missa em Grünsch, foi ferido por um golpe certeiro de espada. Caindo de joelhos, perdoou seus assassinos e entregou sua alma a Deus. Após sua morte, seus companheiros franciscanos encontraram em seu bolso um bilhete, assinado dez dias antes, em que Fidélis dizia saber que sua morte estava próxima, mas que não estava preocupado, pois entregaria sua vida com alegria e a oferecia por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Canonizado pelo Papa Bento XIV em 1724, São Fidélis constitui modelo de fidelidade a Cristo, e, sendo martirizado em Seu nome, de Sua perfeita imitação.
São Fidélis de Sgmaringa, rogai por nós!
O último escrito de São Fidélis
Uma espada vai transpassar meu peito
muito em breve, porém não tenho medo:
sirvo feliz a Cristo em todo jeito,
e o farei até o fim do meu enredo.
Aos meus algozes, digo de antemão –
caso não o consiga à hora fatal –
que lhes deixo de herança o meu perdão
e lhes desejo a paz celestial,
mas peço: arrependei-vos, e a Jesus
voltai seus corações sinceramente,
que a Ele dou a vida alegremente,
e por Ele e por vós abraço a Cruz.
A todos vós desejo paz e bem,
pois todos quero ver no Céu. Amém.
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