Conheça a história de São Conrado de Placência, um aventureiro inconsequente que terminou seus dias como um santo eremita
Hoje é dia de São Conrado de Placência, frade e eremita.
Nascido em Calendasco, na Itália, em 1290, Conrado Confalonieri pertencia a uma família nobre. Era um soldado aventureiro, amigo de divertimentos e caça. Certa vez, incendiou uma floresta em uma caçada, destruiu todas as plantações da região e fugiu. O governador de Placência, Galeazzo Visconti, para aplacar a revolta dos camponeses, prendeu o primeiro cidadão que viu na floresta e o condenou à morte.
Quando soube que um inocente pagaria por seu crime, Conrado se entregou às autoridades e propôs vender todos os seus bens para pagar pelos prejuízos causados. Ficou pobre, mas rico do Espírito Santo. De comum acordo com sua esposa, Eufrosina, que se retirou a um convento das irmãs clarissas, Conrado seguiu a vida religiosa e ingressou na Ordem Terceira de São Francisco. Viveu em vários mosteiros franciscanos desde então, e em 1343 estabeleceu-se na cidade de Noto.
Bom e piedoso, sua fama se espalhava rapidamente, e ele recebia frequentes visitas, o que atrapalhava sua vida de oração. Então, retirou-se à Gruta dos Pizzoni, que posteriormente viria a ser a Gruta de São Conrado, onde viveu como eremita até falecer em 19 de fevereiro de 1351.
A trajetória de São Conrado de Placência constitui um belo exemplo de exame de consciência, arrependimento e conversão rumo à santidade e à graça.
São Conrado de Placência, rogai por nós!
Soneto a São Conrado
Um nobre aventureiro, inconsequente,
atrás de alguns faisões numa caçada,
fez toda uma floresta incendiada,
e plantações, zangando muita gente.
Fugiu, mas foi culpado um inocente,
e quando o soube o nobre, inquietada
sentiu sua consciência, e uma guinada
operou-se em seu peito penitente.
Dos crimes, responsável revelou-se,
pagou todo o prejuízo provocado,
e à monástica vida retirou-se,
onde encontrou sua santa redenção.
Foi este o admirável São Conrado,
exemplo de genuína conversão.
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