Destaque para lançamento sobre Platão e um clássico da literatura psicanalítica
De Platão a Pedro Coelho, passando por Carroll Quigley, Santo Afonso Maria de Ligório e Ruy Barbosa, entre outros lançamentos de peso, a Muralha é quase toda composta de clássicos, e toda ela de leituras essenciais. Confira as dicas a seguir, e um excelente sábado!
Destaques
O primeiro destaque da semana vai para O mínimo sobre Platão, de Bruna Torlay. Vigésimo primeiro volume da Editora O Mínimo, este lançamento propõe-se a desvendar ao público geral o universo de Platão, que é considerado por muitos estudiosos como o ápice da filosofia ocidental – ou, segundo a própria Bruna Torlay, um filósofo “cuja requintada obra constitui um mapa da filosofia ocidental”.
Para quem estiver em São Paulo, a autora participará do I Congresso de Filosofia e Cultura, organizado pelo Professor Joel Gracioso, no próximo dia 20, no Centro Universitário Ítalo Brasileiro, onde fará lançamento presencial de seu livro, com sessão de autógrafos.
Se você ainda está na dúvida se deve ou não adquirir a obra, confira abaixo este trecho:
“O que importa indicar é a fortuna infinita desse problema meditado profundamente por Platão, a saber, o nexo crucial entre vida política e aspirações propriamente humanas. O que o homem deseja? O bem supremo. Uma comunidade que pisoteia o bem supremo em nome de festejar os interesses deste ou daquele tiranete pode estar de acordo com as aspirações humanas? Não. Haverá estabilidade política e concórdia onde reinar a injustiça e as disputas alternadas entre facções que ambicionam o poder para satisfazer desejos mesquinhos? Não, evidentemente.
Como evitar que os homens confundam o bem com certos desejos particulares (males que aparentam ser bens)? Educando-os. Sem que procuremos nos tornar melhores, a concórdia dificilmente prevalecerá — a não ser pela força. Que caminho vamos seguir? O do amor à excelência que forma nossa alma integralmente, ou o da submissão a leis positivas nem sempre vinculadas à justiça? Que caminho vamos seguir: o do amor ao bem, a nós e ao próximo, ou o do controle?”
O segundo destaque vai para um lançamento da Editora Auster, A personalidade neurótica do nosso tempo, de Karen Horney. Clássico da literatura psicanalítica, o livro é uma análise perspicaz e transformadora a respeito da personalidade neurótica, uma investigação que permanece relevante e esclarecedora até hoje.
Horney desafia a ortodoxia freudiana predominante na época e apresenta uma abordagem mais humanista para compreender o comportamento humano e a personalidade. Para ela, a neurose não é causada por impulsos sexuais reprimidos, mas sim por uma ansiedade fundamental e uma sensação de desamparo diante de um mundo hostil e avassalador.
Confira a seguir um trecho da obra:
“O propósito que tive em mente ao escrever este livro foi proporcionar uma imagem precisa da pessoa neurótica que vive entre nós, com os conflitos que realmente a movem, com suas ansiedades, seu sofrimento e as muitas dificuldades que ela tem com os outros assim como consigo mesma. Não estou preocupada aqui com quaisquer tipos particulares de neuroses, mas me concentrei na estrutura do caráter recorrente em quase todas as pessoas neuróticas contemporâneas de uma ou outra forma.
A ênfase recai sobre os conflitos realmente existentes e as tentativas do neurótico para resolvê-los, sobre suas ansiedades existentes na realidade e as defesas que ele construiu contra elas.”
Outros lançamentos
Pela Vide, Tragédia e esperança: uma história do mundo em nosso tempo, de Carroll Quigley. Nesta obra, o grande historiador norte-americano, teórico da evolução das civilizações, considera os anos entre 1895 e 1950 como um período de transição entre um mundo regido pela Europa e pelo espírito do século XIX, e o verdadeiro início do século XX, após a Segunda Guerra Mundial. Nesse intervalo, estão todas as atrocidades das duas grandes guerras, a depressão econômica mundial, a dramática influência do avanço da ciência e da tecnologia, e mudanças de paradigma de uma profundidade jamais vista antes. Como historiador interpretativo, que dedicou toda sua vida universitária a despojar a análise histórica das categorias conceituais consagradas que atrapalham a compreensão de fatos novos, Quigley tenta mostrar cada evento em toda a complexidade de seu contexto, e assim nos dá uma imagem do mundo que inclui as influências de diferentes culturas e a visão de umas sobre as outras.
Pelo IBESEC, duas obras em um só volume: Liberdade de imprensa, de Libero Badaró, e A imprensa e o dever da verdade, de Ruy Barbosa. Badaró (1798 – 1930) foi um médico, jornalista e político italiano radicado no Brasil. Filiado ao Partido Liberal, fundou em 1829 o jornal O Observador Constitucional. Grande defensor da liberdade, foi assassinado em uma tocaia e tornou-se símbolo d defesa da liberdade de imprensa. Já Ruy Barbosa, ilustre jurista, político, filólogo, jornalista e maior orador da história brasileira, deixou, entre inúmeros célebres discursos, este sobre a liberdade de imprensa.
Pela Editora PHVox, Tudo o que você precisa saber sobre a monarquia no Brasil, de Armando Alexandre dos Santos. A obra constitui um guia históricos com perguntas e respostas sobre o período monárquico no Brasil e como seria sua aplicabilidade nos dias de hoje. O autor, para além de mais um mero libelo de apologia à monarquia, verifica, por meio de análise histórica, as falhas do período republicano e da falsa democracia vividos no Brasil há mais de um século, e propõe cenários viáveis para o retorno de uma monarquia parlamentarista no Brasil.
Pelo Centro Dom Bosco, Visitas ao Santíssimo Sacramento, de Santo Afonso Maria de Ligório. A obra contém um conjunto de reflexões piedosas compostas por Santo Afonso para que o fiel cresça no amor a Jesus Sacramentado e desenvolva uma rica vida Eucarística, nutrindo sua alma com as bênçãos do Pão da Vida. Por tempo limitado, o livro está pode ser adquirido com frete grátis.
Por fim, mais um lançamento para os pequenos, da Editora Texugo: A história de Pedro Coelho, de Batrix Potter. Este clássico da literatura infantil ganha nova tradução, de Igor Barbosa, prefácio de Marcela Saint Martin e ilustrações de Walter Lara. O livro é recomendado para leitura compartilhada com crianças a partir de 3 anos, e leitura independente para crianças a partir dos 6 anos.