Sem desculpas por ser homem, ora essa. Dos modismos recentes, nenhum é mais ridículo que o incentivo à efeminação dos homens, como que para compensar a tola insistência na masculinização das mulheres. Daí que, sem voltas nem enroscos, resolvemos tematizar aqui um elogio à virilidade, atributo essencial do sexo masculino, o qual é preciso voltar a admirar, louvar e corretamente descrever. Eis o nosso esforço; eis a meta da presente edição.
Vida e Legado expõe a síntese de um rei, guerreiro e santo indiretamente envolvido com o nascimento do Brasil. Não bastando ser homem o suficiente para frear e empurrar os adversários de volta às suas terras, Dom Afonso Henriques foi humilde na medida solicitada pela orientação divina, mesclando em sua alma valentia e santidade.
Conversar é pensar junto convoca você, leitor, a acompanhar um papo de homem – a três, a rigor, e a quatro, com você.
Política e Sociedade traz à tona a inspiração por trás da criação do dia dos pais – pasme, foi coisa de mulher – e o papel crucial da presença masculina na educação das crianças.
Tirem as mulheres da sala! Nessa edição, listamos uma dezena de pérolas da Sétima Arte talhadas à imagem e semelhança do homem enquanto tal.
Dois livros comparecem à Ordem do dia, disputando os votos dos aficionados por ensaio e dos cismados com novata, mas boa literatura.
Dentre As Palavras que Usamos, analisemos mais de perto o passado glorioso e inglório presente do termo “força”, atributo distintivamente masculino, em busca de uma síntese de tudo o que ele é e implica entre nós.
Na Marca da Cal explica o caráter propriamente masculino do espírito de competição, evocando a controversa derradeira olimpíada com relação ao significado intrínseco do evento em si, originalmente criado pelos gregos.
Você sabe o que é falocentrismo? Mas sabe mesmo? Pense no assunto ao ler o Ensaio, que evoca a imagem central do sexo masculino para compreender a essência do homem e suas neuroses principais.
Uma imagem para guardar presta o devido tributo aos conservadores da paz e da ordem, sugerindo a você que medite o sentido de certa profissão a partir de um ícone da mitologia, castigado e honrado com a tarefa de carregar o mundo nas costas.
Se você gostou da edição até aqui, espere só para ler o Conto, síntese suprema do presente número sob as vestes de divertida e bela literatura.
Se a edição fosse em honra às mulheres, precisaríamos de mais dez artigos. Mas o homem de fato faz mais e fala menos, ou pelo menos faz o esperado e diz o suficiente. Portanto, contente-se com o essencial, sirva-se de sua bebida favorita e reserve uma boa hora para matar esta concisa e densa edição.
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