DOSE DE FÉ | São Sabino e Companheiros

Leônidas Pellegrini
Leônidas Pellegrini
Professor, escritor e revisor.

Martirizado durante as perseguições anticristãs de Diocleciano e Maximiano, São Sabino converteu e batizou o juiz que o havia condenado

Hoje é dia de São Sabino (também grafado Savino), Bispo, e Companheiros, mártires.

Sabino nasceu em Sulmona, na Itália, no século III, e ainda jovem fugiu de casa para tornar-se eremita. Certo dia um Anjo apareceu a ele e disse-lhe para se dirigir a Assis para pregar o Evangelho. A população local, admirada com sua sabedoria, aclamou-o Bispo.

No ano 303, durante o auge das perseguições anticristãs de Diocleciano e Maximiano, o Bispo Sabino foi preso junto com ao diáconos Exuperâncio e Marcelo, entre outros companheiros. Venusiano, o magistrado local, havia ordenado aos cristãos de Assis que prestassem culto aos deuses pagãos, e a resposta de Dom Sabino foi derrubar e fazer em pedaços uma estátua de Júpiter. O magistrado, como represália, mandou cortar-lhe fora as mãos.

Na prisão, Sabino teve seus ferimentos tratados por uma piedosa matrona, cuja neta foi curada de sua cegueira pela intercessão do santo Bispo. Venusiano, que também sofria de uma grave doença nos olhos, ao saber do milagre visitou Sabino em sua cela e pediu-lhe perdão. Além de perdoado, foi batizado, e no momento de seu batismo sua visão foi restaurada. Posteriormente, pelo testemunho de sua conversão, o magistrado, que consta entre os companheiros de São Sabino, também ganhou a palma do martírio.

Transferido para Espoleto, lá São Sabino foi morto por decapitação em 30 de dezembro. Ele é um dos santos mais populares na Itália Central.

São Sabino e Companheiros, rogai por nós!

 

A cura do magistrado

Quando nos tempos de Diocleciano,
o Prelado Sabino foi detido
por ser cristão, o juiz Venusiano

logo o fez ser em público inquirido.
A Júpiter o juiz tentou fazê-lo
cultuar com incensos incendidos,

porém o Bispo em seu amor e zelo
por Cristo, a estátua do ídolo quebrou.
O magistrado então mandou prendê-lo,

e como punição determinou
que as mãos do Bispo fossem decepadas.
Sabino esvaiu-se em sangue, e suportou

no escuro claustro as penas imputadas,
e por uma senhora piedosa
as suas chagas foram remediadas.

Aquela nobre dama tão bondosa
tinha uma neta cega de nascença,
e que passou por cura milagrosa

quando Sabino orou em sua presença.
Ao saber do prodígio, o magistrado,
que padecia de ocular doença

e estava quase cego, angustiado
foi visitar o Bispo na prisão,
e diante dele, triste e envergonhado,

de joelhos suplicou por seu perdão.
Sabino o perdoou alegremente,
e diante da sua conversão,

pronto deu-lhe o batismo, e, de repente,
tão logo dito o “Amém”, o juiz estava
curado de seu mal integralmente.

Tempos depois, enquanto caminhava
para ganhar a sua santa palma
do martírio, Venusiano orava

alegre, em bem-aventurada calma,
agradecendo a Deus por Dom Sabino
ter curado seus olhos e sua alma,

e seguiu rumo ao Divinal Destino.

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