Os Santos Mártires de Abitínia constituem uma lição de fidelidade a Deus contra a covardia diante das leis humanas
Hoje é dia dos Santos Mártires de Abitínia.
Em 24 de fevereiro de 303, o imperador Diocleciano publicou um decreto que, dentre outras coisas, proibia celebrações cristãs, públicas ou privadas. Em Abitínia, no norte da África (atual Tunísia), no entanto, apesar da obediência do bispo local, havia um grupo de cristãos que transgredia a lei, sob a liderança do Padre Saturnino, celebrando a Santa Missa todos os domingos.
No ano 304, Padre Saturnino e outros 48 cristãos foram presos em uma missa ilegal naquela cidade, e levados para Cartago, onde foram julgados diante do Procônsul Anulino. Um a um, quando interrogados sobre por que estavam participando do ato ilegal, os cristãos responderam: “Sine Dominico non possumus”, ou seja “Sem o Domingo, não podemos”, referindo-se à necessidade da celebração da Eucaristia do Senhor aos domingos. Era dia 12 de fevereiro, e foram todos condenados à morte.
Que a coragem daqueles mártires inspire sacerdotes e fiéis de todos os tempos a se manterem leais à Santa Eucaristia, sejam quais foram as leis humanas que as venham proibi-la.
Santos Mártires da Abitínia, rogai por nós!
Non possumus
Nos tempos do cruel Diocleciano
a missa havia sido proibida,
porém um fiel grupo abitiniano
a lei humana fez ser transgredida,
e sob as bênçãos de São Saturnino
foi por um ano a missa presidida.
No entanto, houve um demônio, vil ladino,
que os rebeldes cristãos denunciou,
e presos, à presença de Anulino
a força policial os entregou.
Cada um, quando foi interrogado,
estas mesmas palavras pronunciou:
“Não posso, no domingo, dia sagrado,
ficar sem receber a Eucaristia”,
e um a um foi então martirizado,
seguindo, assim, a sacrossanta via,
que após levar à Dolorosa Cruz,
conforta, e, com José e com Maria,
conduz à companhia de Jesus.
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