Respectivamente Papa e antipapa do século III, os Santos Ponciano e Hipólito foram martirizados sob o reinado de Maximiano
Hoje é dia dos santos Ponciano, Papa, e Hipólito, sacerdote, ambos mártires.
A história desses dois mártires remonta ao século III, durante o reinado de Alexandre Severo (222 – 235) à frente do Império Romano. Severo era tolerante com os cristãos, mas justo em seu tempo a Igreja passou por um cisma encabeçado pelo austero sacerdote Hipólito, que, ainda sob o pontificado de São Calisto (217 – 222), rompeu com o Papa e declarou-se ele mesmo o Sumo Pontífice. Ele foi o segundo antipapa da História e arregimentou um grande número de seguidores.
Em 235, durante o pontificado de São Ponciano, Alexandre Severo foi assassinado por seus legionários na Alemanha. Em seu lugar, assumiu Maximiano, que restitui os antigos editos de perseguição anticristã. Ponciano e Hipólito foram presos e enviados para trabalhos forçados numa mina na Sardenha.
Ponciano, primeiro Papa a ser deportado, renunciou à Cátedra de Pedro para que a Igreja não ficasse sem um chefe presente. Seu gesto generoso comoveu Hipólito, que, arrependido de sua rebeldia, reconciliou-se com a Sé de Roma e reconheceu Santo Antero (sucessor de Ponciano) como legítimo Pontífice.
Ponciano e Hipólito morreram ambos naquele mesmo ano, em resultado dos maus tratos sofridos no exílio. A história desses dois mártires constitui uma lição de conversão e perdão que conduzem à santidade.
São Ponciano e Santo Hipólito, rogai por nós!
Epitáfio aos Santos Ponciano e Hipólito
Aqui jazem Hipólito e Ponciano,
dois Papas, um errôneo e um verdadeiro,
que sob o imperador Maximiano
ganharam do martírio seus loureiros.
Hipólito entregou-se à contrição,
e com a Santa Igreja conciliado,
após a derradeira confissão,
morreu com seus pecados perdoados.
Ponciano o acompanhou logo depois,
e foram juntos para o Céu os dois.
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