Irmã de Santo Ambrósio e São Sátiro, Santa Marcelina constitui modelo de educadora na fé
Hoje é dia de Santa Marcelina, virgem.
Nascida em Roma, em 327, Marcelina pertencia à nobre família dos Ambrósios. Cresceu em Treveri (território alemão), mas aos 13 anos, perdeu o pai e voltou para Roma com a família. Antes de completar 20 anos, perdeu também a mãe, ficando com a responsabilidade de cuidar dos irmãos mais jovens.
Jovem e rica, recebeu diversas propostas de casamento, mas recusou todas, preferindo consagrar-se a Nosso Senhor. Em 353, aos 25 anos, recebeu do Papa Libério o véu da consagração total. Dedicou-se muito mais à oração, ao estudo das Sagradas Escrituras e à caridade para com os pobres e doentes. Transformou sua casa, o Palácio dos Ambrósios, em um centro de acolhimento e formação de outras virgens consagradas.
Ao mesmo tempo, Marcelina não descuidou da educação de seus irmãos, que, após ocuparem cargos públicos civis, encaminharam-se à vida religiosa. Seu irmão Santo Ambrósio tornou-se Bispo de Milão em 374, e era auxiliado pelo caçula, São Sátiro, que se tornou seu diácono. Os três santos irmãos acabaram trabalhando juntos no serviço à Santa Igreja, tanto na administração da diocese de Milão, como no auxílio aos pobres e doentes e na resolução de contendas contra hereges, sobretudo os arianos.
Marcelina viu morrer seus dois queridos irmãos. São Sátiro, adoecido em meio a inúmeras incursões diplomáticas ao Oriente, em 379. Santo Ambrósio, em 397, depois de 23 anos de um santo e frutífero episcopado. Poucos meses depois, em 17 de julho daquele mesmo ano, ela seguiu para encontrar os dois no Céu. A ela o irmão Bispo e Doutor da Igreja dedicou seu tratado De virginibus.
Santa Marcelina de Milão constitui modelo de fidelidade a Cristo em sua opção fundamental de vida, assim como de educadora na fé, ao encaminhar seus irmãos e tantas virgens ao itinerário da santidade.
Santa Marcelina, rogai por nós!
O reencontro
Aos setenta anos de idade,
Marcelina, suspirando
por seus irmãos, com saudade,
abismou-se logo quando
viu os dois se aproximando.
Foi tanta a felicidade,
que o coração, exultando,
cessou sua atividade.
Felizes, então, os três,
reunidos novamente
sob a Santa e Eterna Cruz,
seguiram logo de vez
para o Reino Esplandecente
de Nosso Senhor Jesus.
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