LAWRENCE MAXIMUS | Dia Internacional da Memória do Holocausto

Lawrence Maximus
Lawrence Maximus
Mestre em Ciência Política (ESP). Cientista Político, Teólogo e Professor. Especialista em Israel e Oriente Médio.

Aconteceu uma vez. Não deveria ter
acontecido, mas aconteceu. Não deve
acontecer outra vez, mas pode acontecer.
É por isso que a Educação sobre o
Holocausto é fundamental.

Kathrin Meyer, Secretária Executiva da IHRA

As Nações Unidas designaram o dia 27 de janeiro como o aniversário da libertação de Auschwitz-Birkenau, como Dia Internacional da Memória do Holocausto — um tempo para recordar os seis milhões de vítimas Judaicas do Holocausto — e os milhões de outras vítimas da perseguição nazista. Em 2024, a comemoração coincide com um aumento do antissemitismo em todo o mundo.

Os termos “Holocausto” e “Shoá” referem-se a um acontecimento genocida específico no século XX: a perseguição e assassinato sistemático de Judeus pela Alemanha Nazista e os seus colaboradores, entre 1933 e 1945. O pico de perseguição e de assassinatos ocorreu durante o contexto da Segunda Guerra Mundial.

A Resolução 60/7 não apenas estabelece o dia 27 de janeiro como o “Dia Internacional de Comemoração em Memória das Vítimas do Holocausto”, ela também rejeita qualquer tipo de negativa da existência do Holocausto. A resolução encoraja os estados-membros da ONU a preservarem ativamente os locais que os nazistas utilizaram para a “Solução Final” (por exemplo, centros de extermínio, campos-de-concentração e prisões). 

Utilizando-se da Declaração Universal de Direitos Humanos, a Resolução condena todas as formas de “intolerância religiosa, incitação, perseguição, ou violência contra pessoas ou comunidades baseadas em sua origem étnica ou crença religiosa” por todo o mundo.    

Em 2024, está data se faz ainda mais necessária, sobretudo após os atentados terroristas do Hamas, no sul de Israel em 07 de outubro. Esse foi o maior massacre de judeus desde o Holocausto. Alguns sobreviventes, inclusive, foram vítimas diretas da ação do grupo terrorista, como Yaffa Adar, 85 anos, que foi sequestrada e passou quase 50 dias em cativeiro. Outros cerca de 2.000 sobreviventes que vivem em Israel também foram obrigados a deixarem suas casas em virtude da guerra atual.

Portanto, o Holocausto foi um ponto de viragem na história mundial, ultrapassando fronteiras geográficas e afetando todos os segmentos das sociedades envolvidas. Décadas mais tarde, as sociedades continuam a debater-se com a memória e com o registo histórico do Holocausto, que se cruza com a nossa realidade contemporânea. O ensino e a aprendizagem sobre o Holocausto são oportunidades fulcrais de inspiração do espírito crítico, da consciência social e do desenvolvimento pessoal.

O Holocausto e os ataques terroristas do 07 de outubro são tragédias diferentes, mas que tiveram como causa o mesmo elemento em comum: o ódio aos judeus.

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