Joca era um cachorro da raça Golden Retriever, ele morreu quando estava sendo transportado por um avião da companhia aérea Gol. Qualquer pessoa que tenha um animal de estimação fica consternada com este caso, ainda mais quando o cachorro é de uma das raças mais amadas pelos humanos. Não há nada de errado em amar os animais e nem em ficar triste com a morte de um bichano, meu problema é com a falsa sinalização de virtudes.
Geralmente, os defensores da causa animal são os mesmos que também militam por causas nefastas como por exemplo o aborto. Não deveria ser necessário explicar que uma vida humana tem mais valor do que a vida de qualquer animal, mas estamos vivendo em um tempo onde é necessário explicar que a grama é verde.
“O sujeito que diz que a vida de um porco vale tanto quanto uma vida humana argumenta em causa própria”
Olavo de Carvalho
Dois dias após a morte do cãozinho, o presidente nomeado aparece usando uma gravata em homenagem a Joca. Há boatos de que foi influenciado por Janja. A primeira-dama postou uma mensagem de solidariedade em suas redes sociais junto com um vídeo no qual aparecia junto ao Ministro de portos e aeroportos para falar sobre as providências que o governo estava tomando neste episódio. O Ministério da Justiça também mostrou uma reação rápida e deu 2 dias para que a Gol explique o ocorrido.
Não lembro do casal presidencial dando uma resposta tão rápida, publicando mensagens de apoio ou gravando vídeo com algum Ministro quando aconteceram as trágicas enchentes que atingiram o sul do país no final de 2023. Só no vale do Taquari, a enchente, além de arrasar diversas cidades, fez mais de 50 vítimas fatais. Aliás, enquanto os gaúchos estavam em meio a uma catástrofe, Janja aparece desembarcando do avião presidencial na Índia muito animada. Ela chegou até a publicar um vídeo em suas redes sociais. No entanto, como pegou muito mal, acabou apagando a postagem.
“Namastê! Olá, Índia. Boa noite! Me segura que eu já vou sair dançando”
Janja Lula da Silva
Outro caso que não gerou a mesma comoção e nem mobilizou Ministros foi a morte de um adolescente autista que foi agredido por colegas na escola. Este caso aconteceu em Praia Grande, litoral paulista. O pai da vítima disse que já havia avisado à direção da escola que o adolescente era vítima de bullying. Segundo ele, o diretor respondeu que os envolvidos eram crianças e que, por isso, se resolveriam entre si.
Na semana seguinte, na mesma escola, outro aluno denuncia mais um episódio de violência. O adolescente foi espancado no banheiro da instituição por 7 colegas. De acordo com a mãe do jovem, ataques deste tipo são constantes naquele estabelecimento.
Alguém viu o presidente usando gravata para homenagear o aluno autista que morreu? O Ministro da Educação fez algum pronunciamento sobre estes casos? A escola ou a Secretaria de Educação já foram notificados para prestar esclarecimento no prazo de dois dias?
Este é o problema! É claro que a Gol precisa dar explicações sobre a morte do cachorro que estava sob sua responsabilidade. Porém, quando as autoridades são mais rápidas e enérgicas ao tomar providências pela morte de um cachorro do que pela morte e espancamento de alunos da rede pública de ensino, a sinalização de virtude escancara a hipocrisia e o tom eleitoreiro das medidas.
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espetacular matéria
Concordo! Me considero de centro-esquerda, porém fiquei extremamente revoltado com essa comoção toda de parte da sociedade e de alguns políticos com a morte do cão. Hoje, os adoradores de cachorros querem que todos sejam iguais a eles, pregando ideias absurdas do tipo: “cão é igual filho” “cachorro é melhor que gente” “cães sabem amar” “blá blá blá”. Sociedades civilizadas e evoluidas não tem esse tipo de comportamento bestializado. Vejo notícias onde donos desses bichos se matam para defende-los (o que não é tão ruim, pois é a lei de Darwin agindo) beijam suas bocas sujas e coisas até piores. Independente do lado político, creio que precisamos nos unir e fazer frente a essa seita de idolatria aos cães e defender a dignidade humana.
Finalizando: é importante todos prestarem atenção como parte da mídia tem interesse em promover essa agenda de animalizar os seres humanos para, com isso, ter maior controle sobre essas pessoas sem capacidade de raciocinar.
Isso é um salto lógico enorme… ficar revoltado com o caso está muito longe de ser adoração de cães. Não digo que isso não existe, mas esse caso não é exemplo disso, trazer esse assunto é bater num espantalho. Usar esse caso para mostrar como as figuras públicas são oportunistas é justo, mas na realidade quem ficou indignado com esse caso também ficou revoltado com o caso de agressão e morte do garoto.
Ela não generalizou, mas sim apontou para a hipocrisia de alguns que, ao lamentar a morte de um animal, faz pouco caso com as barbaridades que acometem pessoas. Este sim é o problema! E muito mais quando se trata de agentes públicos…