ROBERTO LACERDA | O Fujão e o Telepata

Roberto Lacerda
Roberto Lacerda
Roberto Lacerda Barricelli é jornalista, assessor e historiador. Foi correspondente do Epoch Times e colaborador em diversos jornais, como Jornal da Cidade Online, O Fluminense, São Carlos Dia e Noite, Diário da Manhã, Folha de Angatuba e Jornal da Costa Norte

Como um ex-presidiário resolveu ceder graciosamente seu tempo de debate ao capitão do exército e acabou numa entrevista telepática

Neste período eleitoral resolvi “esmerilhar” também políticos, pois só os militontos de redação causa enjoo; em vários sentidos. Mas, para não perder a mania de bater em bêbado, escolhi um fato inusitado. O ex-presidiário Luis Inácio; ou Stalinácio, como o chama meu querido amigo Jorge Serrão, resolveu ceder graciosamente seu tempo nos próximos debates ao presidente Jair Bolsonaro. Por que foges do capitão, Lula? Parece bandido com medo da polícia militar…

O fato é que nosso amigo Estelionácio fugiu do embate! Em época de eleições nas quais os candidatos causam ereções nas respectivas militâncias a cada frase de efeito, as mantendo aquecidas e incentivadas à campanha, e têm a oportunidade de enfrentamento na televisão; ainda o veículo de “informação” mais usado pelos brasileiros, estranho essa fuga. No país dos elevados índice de audiência a atrações como o Casos de Família e rinhas de amantes e cornos no programa do João Kleber, o candidato petista abandonou a oportunidade de atacar seu inimigo ao vivo, na televisão.

Por óbvio, essa oportunidade também foi retirada ao presidente Bolsonaro e, por mais que possa agradar a diminuição da baixaria e mentiras na TV, a presença de Lula seria importante para a campanha à reeleição do presidente, que terá que se “contentar” em desgastar a imagem repaginada do Sr. Estelionácio em entrevistas, como a do SBT.

Nada de obter reações ao falar sobre a amizade com ditadores anti-cristãos e perseguidores de freiras como Daniel Ortega (Nicarágua), ou da caridade com o dinheiro dos miseráveis brasileiros financiando obras das ditaduras de Cuba e Venezuela, mas também não será atacado com mentiras e distorções durante um debate. Sinceramente, não consigo vislumbrar quanto se perde ou ganha cada candidato nessa situação. Talvez, precise dar razão à ex-presidente Dilma: “ninguém vai ganhar ou perder, ou quem ganhar ou perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder”; seja lá o que isso signifique.

Estelionácio teria adquirido alguma mania de fugir de militares, lá nos idos anos 60 e 70, que lhe perseguiria até o século XXI? Ou pode estar assustado por encontrar uma jornalista que consegue ser mais radical que ele na exigência de regulamentação dos ‘meios de comunicação’. Achou que fosse (glub) alucinação auditiva (glub)? Melhor voltar a falar com o conselheiro do AA, pois o assessor não sabe “porra nenhuma”.

Pela forma como conduziu a entrevista no Jornal Nacional, pensei que o petista se sairia melhor no debate, contudo, me mantenho cético de que essa fuga seja mero medo de militar, ou por causa de alguns grandes momentos do presidente. Afinal, Estelionácio não é o Menino do MEP para ter traumas de tomar umas enrabadas; apesar da máxima “fiofó de bêbo não tem dono”.

Bolsonaro também não é padre para abalar o apoio de católico fisgado pela teologia da libertação e fazer o petista preencher o horário eleitoral se defendendo da acusação de ser contrário à Igreja e a favor da perseguição do amiguinho Ortega. E tem de franciscano de tênis esportivo até visita ao Papa, que como chefe do estado do Vaticano cumpriu o protocolo de receber um ex-chefe de estado. As comunidade eclesiais estão tremendo na base?

Se continuar fugindo de debates, sobrará ao ex-presidiário apenas enfrentar o Evandro Sinotti; com a desvantagem de ser um autor de best-seller, portanto, precisaria saber ler para refutar. Ou pode recorrer a alguma ajuda “espiritual” e invocar o Zé Pelintra, posto que trocou a água benta por cachaça batizada. Ou ainda, se der tudo errado, tentar algum carguinho no PCC, menos o de tesoureiro, pois o Marcola não é burro de deixar um petista tomando conta do dinheiro da facção. Que fase!

Mas…. Lá vem! Lá vem!!! Nada é tão ruim que não possa piorar! Pode ter fugido da presença do capitão do exército, mas não conseguiu impedir um economista e colunista da Falha de ler sua mente. Agora quero ver!

Entrevista telepática

Não, leitor, não leste errado. Estelonácio foi entrevistado via telepatia por um economista e colunista da Falha, o ex-presidente do Banco Central do Brasil, Arminio Fraga. Tragam o chapéu de alumínio pro Sr. Arminio! Só porque tem uma careca, se acha o Professor X?

O Sr. Alumínio publicou o texto “Entrevista por Telepatia“, no panfleto ideológico das zelite paulistana. E se o link não for suficiente, porque é finito, trago o print, que é eterno.

A chamada entrega o teor da “conversa imaginária”… Nessa fase da vida, com o histórico que gerou e escrevendo fanfic. Criou mais um gênero (calma, não é Sexual, esses eu deixo para a masturbância do PSOL): a “ficção eleitoreira”. Tem amianto nesse Alumínio!

Não é novidade a paixão dos banqueiros pelo ex-presidiário; está aí o Sr. João Amoego para comprovar. Mas, imaginar uma conversa? E na qual alguém que usou o estado para enriquecer os amigos, financiar ditaduras, ajudar os narcoterroristas das FARC, comprar o parlamento e implantar um projeto comunista no Brasil, agora, virou fiscalmente responsável por amor aos maís pobres?

Venderam extrato de papoula como minoxidil para o Sr. Alumínio. Isso explica a sandice; apesar de que esquizofrenia e mau-caratismo também explicam. Talvez essa careca não seja tão brilhante.

[…] segue abaixo a “transcrição” de uma conversa que imaginei ter tido com Lula. Do meu lado, confesso a influência de uma pitada de esperança, mas acredito que ele foi sincero em tudo que disse.

Trecho de Entrevista por Telepatia

Sinceridade, responsabilidade fiscal, combate à inflação, acatar recomendações liberais, desenvolver a “potência agrícola”, preocupação com os mais pobres… Tanto, que faz questão de manter pobres; Lula ama a pobreza… nos outros. Enfim! Olha, não foi uma pitada de esperança, mas boa dose da papoula.

O grande aliado dos terroristas do MST, que invadem fazendas, matam o gado, destroem as plantações etc., criará “um espaço no orçamento para tratar desse tema (agronegócio)”? Imagino o “espaço no orçamento”! Financiará rodas de conversa drogada entre ‘intelectuais’ das Federais, para filhinhos de papai falarem mal do agronegócio malvadão, com seus agrotóxicos malignos, o extermínio do Tamanduá Bandeira e a necessidade de serem… Veganos!

A solução? Abortar bebês, salvar ovos de tartaruga e muito fogo no rabicó. “Queime o brioco, não as matas”, será o berro de luta da zona sul. Picanha para os pobres? Só de soja. Abaixo o agronegócio!

Seguindo a “conversa imaginária”, o Sr. Alumínio pergunta ao Estelionácio sobre ajuste fiscal. Que pérola!

Vou arrumar alguém do nível do Palocci para coordenar esse trabalho.

Resposta telepática de Lula a Armínio

Vem cá. Arrumará alguém para ser corrupto, ir preso e te delatar de novo? Para a comunicação procurará alguém do nível do Marcos Valério e um Gaievski para direitos das crianças e adolescentes (novamente)?

Eu acredito que um país pacificado, mais tranquilo, que não repita erros do passado, do PT inclusive […]

Resposta imaginária de Lula sobre o andamento da economia

O aliado de MST, queridinho do Boulos, amigo das FARC, ídolo dos Antifas e Black Blocs, falando em país pacificado? Não sei se isso é mais ridículo do que o Sr. Alumínio imaginar que reconheceria erros do PT. Só se forem os erros que os alijaram da presidência e atrapalharam a implantação da ditadura.

Há muitos absurdos, mas terminarei com esta frase imaginada pelo colunista da Falha na boca do petista. Aí é fechamento, companheiro!

Nós vamos tratar o dinheiro do povo bem. Prometo que tudo que fizermos será estudado, justificado e avaliado de forma transparente

Resposta de Lula imaginada por Armínio

Tratar bem o dinheiro do povo? Bem longe do povo, lá na Suiça. Com tanta transparência quanto os contratos do Mais Médicos? Ou tão estudado quanto Abreu e Lima? Tão justificado como o Mensalão? Alguém como o Sr. Alumínio e com espaço num panfleto com certa audiência, poderia ter realmente contribuído ao debate público e eleitoral, se chamasse alguém da equipe econômica do candidato petista e o atual Ministro da Economia, para debaterem na sua coluna.

A ação do colunista suscita a questão: o que ou qual cargo o Estelionácio lhe prometeu? Ou isso, ou é outro que precisa agradecer ao Movimento Antimanicomial. A pura seiva do tucanato virou uma cera numa vela de sétimo dia; já pode velar e enterrar.

Por fim, em homenagem ao nosso querido diretor Rafael Rossi, parafrasearei o Lucas Berlanza: “[…] acho que as pessoas poderiam cuidar melhor de suas biografias “.


Não existe maior loucura no mundo do que um homem entrar no desespero

— Miguel de Cervantes

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