PAULA MARISA | Documentos vazados desmascaram a farsa da “transição de gênero”

Paula Marisa
Paula Marisahttps://www.paulamarisa.com.br/clube-marisa
Especialista em educação, palestrante e comentarista política. Meus pronomes são Vossa Majestade/Vossa Alteza.

Um gigantesco escândalo de proporções mundiais acaba de ser deflagrado e você não verá esta notícia nos grandes veículos de mídia do Brasil. Sabe por quê? Porque ele desnuda a farsa da chamada “terapia hormonal de afirmação de gênero”.

Uma série de documentos vazados do chat interno de uma organização chamada WPATH (World Professional Association for Transgender Health ou Associação Profissional Mundial para Saúde de Gênero). Eles esclarecem como os chamados “cuidados de afirmação de gênero” ou “medicina transgênero” estão levando à negligência médica generalizada em crianças e adultos vulneráveis. A WPATH é uma organização extremamente influente na definição dos protocolos de tratamento do Reino Unido no NHS e no mundo inteiro. Milhares e crianças e adultos ao redor do mundo são tratados com base em seus protocolos.

Os arquivos vazados revelam que os tratamentos podem fazer mais mal do que bem e sugerem que alguns médicos membros da WPATH sabem disso. As conversas contidas nestes arquivos mostram médicos discutindo sobre pacientes que recebem tratamentos irreversíveis e que parecem muito pouco suscetíveis de receber consentimento informado, incluindo alguns que são muito jovens e outros que têm graves perturbações de saúde mental. Algumas das conversas sugerem que os próprios médicos não conhecem os efeitos a longo prazo dos tratamentos. Noutras conversas, parece que eles sabem que os bloqueadores de puberdade, hormônios ou cirurgias de redesignação sexual podem causar danos graves, mas mesmo assim, os médicos, defendem estes tratamentos. 

     Nos arquivos da WPATH, os membros demonstram falta de consideração pelos resultados a longo prazo dos pacientes, apesar de estarem cientes dos efeitos colaterais debilitantes e potencialmente fatais dos hormônios sexuais cruzados e de outros tratamentos. As mensagens nos arquivos mostram que os pacientes com problemas graves de saúde mental, como a esquizofrenia e a perturbação dissociativa de identidade, e outras vulnerabilidades, como os moradores de rua, estão sendo autorizados a consentir em intervenções hormonais e cirúrgicas. Os membros descartam as preocupações sobre estes pacientes e caracterizam os esforços para protegê-los como “controles” desnecessários.

     Os arquivos fornecem evidências claras de que médicos e terapeutas estão cientes de que estão oferecendo aos menores tratamentos que mudam vidas e que eles não conseguem compreender completamente. Os membros da WPATH sabem que bloqueadores da puberdade, hormônios e cirurgias causarão infertilidade e outras complicações, incluindo câncer e disfunção do assoalho pélvico. No entanto, consideram intervenções médicas que alteram a vida de pacientes jovens, incluindo vaginoplastia para uma criança de 14 anos e hormônios para uma criança de 13 anos com atraso no desenvolvimento. 

     Em 23/11/23, durante uma sessão da CPI da transição de gênero, realizada na ALESP (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), a dra. Akemi Shiba, que é psiquiatra, já denunciava o uso de protocolos da WPATH pra tratamento de pacientes no Brasil. Trago, a seguir, alguns trechos da oitiva da dra. Shiba.

“… a Resolução 08, de 2013, do CFM, que se baseou para fazer o bloqueio, ela utilizou os dados da WPATH, desse protocolo que está ali na última referência, e se baseou no Protocolo Holandês, o seminal, que deu origem à toda essa corrente de afirmação de gênero através de bloqueio. Esse estudo de 1998 – na época não existia Tikinet Edição Ltda. medicina baseada em evidência – eram estudos metodologicamente não muito bem conduzidos. Ali era um caso do pessoal da Holanda que fez o bloqueio puberal e foi adiante, fez cirurgia e tal, só que isso deu origem a todo um protocolo.”

“Esse protocolo vigorou por dez anos. Todos os protocolos que duram mais que cinco anos já estão desatualizados. Protocolos de sete anos, sem atualização, são uma temeridade, e dez anos nem se fala. Ele vigorou durante dez anos, baseado numa bibliografia que era de 2011 para baixo, que era uma população que nem existe mais.”

“Então, os destransicionados, assim, muito poucos estudos do que aconteceu, do desfecho dessas pessoas. Os estudos são muito curtos, um ou dois anos e está todo mundo feliz, todo mundo bem, mas têm que ser estudos populacionais, estudos grandes para a gente ver o que representa, realmente, essa terapêutica. E tem muita gente se arrependendo. A gente chama de destransicionado, mas o mais adequado seria arrependido, porque tem… E são muito diferentes, essa população. Têm uns que se arrependem, mas não mudam a sua… Digamos, a sua aparência. Eles continuam daquele jeito. Têm outros que mudam totalmente, voltam a tomar os hormônios. Têm uma série de coisas que a gente precisa entender o que acontece com essas pessoas que se arrependeram. São taxas desconhecidas. A medicina de transgêneros na infância e adolescência é uma medicina emergente, ela ainda tem muito que ser estudada. Isso é uma carta aberta dos pacientes que fizeram procedimentos e cirurgias com cirurgiões da WPATH. Eles falaram que passaram por atrocidades. Foram cirurgias feitas de forma gratuita ou muito baratas, só que tiveram complicações, e esses cirurgiões abandonaram as pessoas, que tiveram de procurar outros médicos. Eles queriam que a WPATH controlasse esses cirurgiões que eles estavam testando nas pessoas. Foi uma carta de 2018 e teve muita repercussão.”

      Em meu livro, O mínimo sobre ideologia de gênero, eu dediquei um capítulo a estas vítimas que, muitas vezes, foram induzidas a fazer a transição de gênero e se arrependeram, são os “arrependidos e invisíveis”. Embora a mídia tradicional e os adeptos desta ideologia nefasta tentem varrer estas histórias para debaixo do tapete, os casos são cada vez mais numerosos e a verdade é que não existem estudos sérios de longo prazo mostrando o resultado de tais terapias.

     No meu artigo para a edição do mês de julho/23, aqui na Revista Esmeril, eu mostro a ligação entre a redução da população mundial programada pelas elites globais através das “terapias de gênero”. Os investimentos de grandes clínicas que são internacionalmente conhecidas por promover a agenda abortista estão desviando seus recursos para as tais cirurgias de redesignação sexual e tratamentos hormonais. Para mim, a razão parece óbvia: a mulher que faz um aborto ainda tem a chance de se arrepender e ter mais filhos, já a mulher que arranca o útero não.

     Eu sei que parece diabólico, e realmente é! Diante deste último escândalo, as pessoas que denunciam estas excrescências, tem mais uma evidência de que estão no caminho certo. Continuarei acompanhando o assunto e trazendo informações para vocês. Como diriam as feministas: não passarão!

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