LEIA NESTA EDIÇÃO丨23

Bruna Torlay
Bruna Torlay
Estudiosa de filosofia e escritora, frequenta menos o noticiário que as obras de Platão.

É difícil, leitor, explicar exatamente por quê; mas em algum momento, ocorreu-nos que os capitães e corsários cujas naus rondam a capital federal do Brasil e a essência da pirataria talvez tivessem algo em comum. Em consequência, é dos piratas de Brasília que se ocupa a presente edição.

Se o atual presidente da república é capitão por patente, o legítimo capitão do presidencialismo de coalizão como método político, o saudoso JK, tem Vida e Legado esmiuçados logo de partida.

Nenhum pirata habita mais o nosso imaginário que o bom e velho Barba-negra, cujo Perfil aqui se traça.

Voltando ao paralelo, Conversar é pensar junto examina a diferença essencial entre piratas ou bandidos, partindo da recusa de uns e outros por certos bandidos de estimação.

Política & Sociedade ouve o ex-presidente da República Michel Temer, que faz uma esclarecedora defesa do sistema político brasileiro tal como é e funciona, tendo por bússola a Constituição federal de 1988.

Uma fantástica alegoria no linguajar das fábulas piratas aparece, em Governança e Estratégia, como vela e farol para explicar a batalha naval entre os poderes em curso no Brasil.

E o ministério público nessa história, onde fica? De fora é que não! A combativa e assertiva procuradora Thaméa Danelon estrela a entrevista da seção Ativismo em pauta.

Nem todo pirata come lagosta, explica o colunista de Viver Bem, que saiu à caça das receitas mais ou consumidas por bucaneiros e piratas de fato. Se gostou do drink ensinado ali, experimente analisando, logo depois, a lista de filmes em Sétima Arte.

A espada da discórdia, voltando aos Problemas Nacionais em curso, talvez tenha algo a ver com saques não punidos por poderes não suficientemente ordenados…

E a visão do povo exausto de ver sua voz sequestrada aparece no Especial, uma entrevista com Alexandre Gomes, da marinha mercante, mesclando relatos de pirataria contemporânea em mares internacionais, contos de ribeirinhos e indagações sobre quem acumula mais crimes, os piratas de Brasília ou os da costa da Somália.

Por último, as matérias com mais açúcar que limão, a começar por Patrimônio e memória e a história real dos piratas do Caribe, tanto os verdadeiros quanto a atração da Disneylândia que deu origem ao filme em que Johnny Deep prestou homenagem a Keith Richards.

A Beleza importa, é claro, quando se trata de diferenciar roubo de influência espiritual. E a Crônica, acreditem, está aí para provar este ponto em literatura, sob a sombra de um diamante.

A trilha sonora da edição você descobre em Palco, uma arca de tesouros inusitados desenterrada para colorir o resto de agosto que nos resta agora.

Momentos nauseantes à parte, porque são próprios dessa espécie de aventura, esperamos que saia dessa mais astuto que era ao ter chegado…


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