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Bruna Torlay
Bruna Torlay
Estudiosa de filosofia e escritora, frequenta menos o noticiário que as obras de Platão.

Imposto é roubo ou não é? Existe imposto justo? Onde, quando e como? A reforma tributária recém-aprovada no congresso, que se antecipa a uma imperativa reforma administrativa (aquela para desinchar o Estado antes de rever tributos) tem méritos, apesar do demérito principal de não reduzir SIGNIFICATIVAMENTE a carga tributária? Por que aceitamos bovinamente pagar imposto de renda, além de todos os demais impostos que comem mais da metade de nossa riqueza? Eis as perguntas que precisamos com urgência nos fazer, se quisermos entender o tamanho do monstro em cujas garras estamos metidos.

Vida e Legado presta tributo a dois polímatas, um engenheiro e um jurista importantíssimos na tradição econômica brasileira, um dos quais já se viu em apuros ao tentar uma reforma tributária enquanto o estado-leviatã negava a reforma administrativa.

Perfil complementa a seção anterior, honrando a memória do primeiro brasileiro a estudar a praxeologia de L. V. Mises para entender a economia brasileira.

Se você não entendeu a Reforma Tributária aprovada às pressas no congresso, chegou a hora de descobrir as possíveis razões deste feito em Esmeril Entrevista, com a ajuda do contador, consultor e professor Roberto Folgueral, uma das pessoas que mais trabalhou para reduzir danos ao longo da turbulenta aprovação da dita reforma.

Para quem quiser entender o impacto concreto da dita reforma na vida do empreendedor, Letícia Catelani explica, em entrevista Especial para a edição, os pontos mais absurdos da proposta, assim como suas relações com a política do atual governo.

É possível defender algum imposto de renda? Paulo Sanchotene se dispõe a apoiar o que ele designa, em Política e Sociedade, o quinto dos céus.

Mas não vamos fugir da pergunta central: Imposto é roubo? Há impostos justos? Eis o objeto de nossa Preleção, a aula expressa preparada por Jonata Godói especialmente para você, leitor. Em complemento, sugiro que leia na sequência As Palavras que Usamos, que evidentemente define o termo “imposto.”

A cruzada contra o reducionismo persiste em Conversar é pensar junto, ponto final belissimamente bem amarrado das seções anteriores, com direito a teatro dentro do teatro, um recurso literário devidamente interessante para um debate sobre tributos indevidos.

Patrimônio e Memória, contribuição especial do Padre Bernardo Maria, discerne imposto e dízimo, seguido pelo enfrentamento sincero de dois grandes Problemas Nacionais: a geração e riqueza e o combate a pobreza, ambos potenciais pilares para uma reflexão justa e necessária sobre o sistema tributário brasileiro.

Humor explica quem nos lembra o PACMAN, notório e primordial herói dos fliperamas, no cenário político nacional, enquanto Ativismo em Pauta explica a relação entre o movimento feminista e a duplicação da mão de obra e do direito de cobrar impostos — duplo golpe por parte do estado e seus fieis aliados monopolistas, é claro.

Num Ensaio centrado no conceito de Lócus de Controle, Israel Simões oferece a perspectiva psicológica por trás de toda a discussão a respeito da Reforma Tributária, enquanto Na Marca da Cal leva o prêmio de seção mais polêmica da edição, ao traçar uma pontual analogia entre a Liga dos clubes brasileiros e a regra redistributiva do sistema tributário nacional.

E para não dizer que não falamos de maritacas e funcionários públicos, um Conto soma os dois, rematando nossa modesta paulada no imbatível Leviatã, que fez do abuso contra o aspecto gregário do ser humano, atributo que lhe é essencial, um peso cada vez mais árduo de carregar.

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