LEIA NESTA EDIÇÃO丨34

Bruna Torlay
Bruna Torlay
Estudiosa de filosofia e escritora, frequenta menos o noticiário que as obras de Platão.

Quem dera não fosse o mundo assombrado pelos demônios. Não me refiro aos fictícios, que uns e outros juram de pé junto serem os únicos existentes, mas aqueles que pervertem a ordem mental e espiritual humana. “Mente vazia, oficina do diabo”… E para contornar o ditado, resolvemos trabalhar pesado contra os perigos de um ócio vazio de contemplação e vitimado pela distração, perseguindo o demônio antes de ele nos pegar desprevenidos.

Vida e Legado delineia os destinos de um demônio e um exorcista, quer dizer, um dos maiores já existentes.

Mais que Especial é o duplo relato com ares de aula magna que extrai Leônidas Pellegrini de um padre diocesano e um padre exorcista sobre a atualidade deste ritual milenar que remonta a Cristo.

Esmeril Entrevista Alessandro Demoner Ramos, da Editora Cristo e Livros, responsável por um lançamento de peso no mercado editorial versando as consequências nefastas do vício em pornografia.

O Perfil analisa que espécie de daimon inspirava Sócrates, enquanto Patrimônio e Memória explora a lenda do Pacto com o demônio na música, de Paganini ao Blues, de oportunistas a reis da teatralidade rock’n roll.

Ordem do dia explora as razões da perfídia através do célebre caso James Bulger, enquanto o Padre Bernardo Maria brinda-nos com um Ensaio em torno do mote inaugurado pelo rei da rebeldia, tão inoportuno hoje quanto já o era na queda de Lúcifer, o primeiro radical.

Se quiser aproveitar o melhor da edição, vá direto ao Conto cuja aparência é um enfarto do miocárdio, engatando numa lista inédita de achados imperdíveis da Sétima Arte, cuja estrela é o inominável imprestável que vive para nos perder.

Se de fato Conversar é pensar junto, esse mês os interlocutores chegam a um difícil acordo sobre o quão reais, ou verdadeiros, são os espíritos do mal, muito embora tenha cabido, por acaso, à seção Acerto de Vista recordar o relato do Monte Tabor para nos fazer entender o ceticismo de um deles.

Na Marca da Cal pergunta a você, leitor, a razão dos diabos e demônios no esporte, após o que um brevíssimo e belo Santo Conto retrata à perfeição um episódio da vida de Santo Antão.

Para terminar, trazemos ao Palco a trilha sonora mais explícita possível, aos entusiastas da tese segundo a qual o Rock é mesmo um caminho sem volta direto ao coração do inferno. Aprecie sem descuidar-se, e suficientemente municiado com o aprendizado colhido nos textos anteriores.

Boa leitura e cuidado redobrado com o excesso de ceticismo.

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