LEIA NESTA EDIÇÃO丨13

Bruna Torlay
Bruna Torlay
Estudiosa de filosofia e escritora, frequenta menos o noticiário que as obras de Platão.

Outubro, mês de Nossa Senhora Aparecida, virou no calendário das famílias o mês do dia das crianças. Sem esquecer de honrar a mãe original, fazemos aqui uma homenagem às crianças e à infância, cujos aspectos surgem nas entrelinhas de artigos escritos por adultos feitos, mas pessoas com boa memória.

Sendo esta uma revista de cultura, só poderíamos traçar neste número o Perfil do maior escritor infantil brasileiro: Monteiro Lobato. Mas para sublinhar como políticas públicas idiotas maltratam o que temos de maior, Turismo & História aproveita o ensejo para descrever o estado atual do museu dedicado a este ícone literário.

Política & Sociedade traz uma entrevista com Fausto Zamboni, autor de duas obras que demonstram como e porque a escola anda separada da educação, prática milenar da humanidade anterior à recente invenção política chamada sistemas nacionais de ensino.

Bambalalão, o melhor programa infantil já produzido no Brasil, é devidamente homenageado em CrossRoads, seguido de petit-gateau com sorvete, receita adorada pelas crianças que sabem Viver bem, após uma reflexão sobre a perda de saúde mental e física na infância cheia de telas.

Problemas Nacionais confronta os pais aos vícios que moldaram (mal) uma geração, convidando-os a meditar sobre cada tópico-problema para reassumir corajosamente a tarefa que nunca deveriam ter abandonado. O diagnóstico de Marcello Árias Danucalov e Karla Teixeira é uma réplica à pergunta: no dia das crianças, o que temos para comemorar?

História do Brasil e significado profundo de um ícone maior da cultura cristã surgem em Patrimônio e Memória, especialmente assinada por Paulo Kogos, libertário de origem judaica convertido ao catolicismo graças à Nossa Senhora Aparecida.

Enquanto C.-S.Lewis é evocado na seção A alta cultura está morta?, trazemos ao Palco memórias do maior parque de diversões que alegrou tantas infâncias, o saudoso Playcenter.

O cientista Paulo Moura relata em Confissões sua experiência pessoal de pai, enquanto Ordem do Dia traz à tona aspectos que fragilizam esse papel.

Para suavizar o quadro, uma indicação literária boa até para quem para quem não tem hábitos de leitura estampa a seção Acontece.

Agruras sofridas por algumas crianças nas mãos daquelas de quem nascem são expostas em Ensaio, centrado na assombrosa figura mítica de Medéia, seguidas da análise de duas histórias infantis eternas, transformadas em filme pela Disney, na seção A beleza importa.

Por último, Paulo Sanchotene explica, em Conversar é pensar junto, porque é difícil ser um adulto imune à estupidez mais banal de todas: o temor em ser tido por criança.

Esperamos com tudo isso, leitor, que a presente edição permita a você recordar a própria infância sem esquecer do que é preciso ter em mente para que a de seu filho não se perca no caminho. E quem souber que invente outra!

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