Governo Tucano quer cassar o opositor Douglas Garcia

PSDB criou Tribunal Político para perseguir desafetos dentro da ALESP

O Partidão que está no poder há mais de três décadas no Estado de São Paulo, vulgo PSDB, transformou o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) em um braço de perseguição aos opositores. Antes com alguma representatividade partidária, a comissão conta com três parlamentares do tucanato, sendo uma presidente e um vice-presidente.

Nesse Tribunal Político, que lembra o Tribunal do Povo instituído na Alemanha entre 1932 e 1945; tendo condenado mais de 5 mil opositores à morte no período, deputados que não rezem o Testamento do Partidão serão perseguidos. A vítima da vez é o maior opositor do governo tucano de São Paulo, o deputado Douglas Garcia (REPUBLICANOS).

Garcia ousou questionar a jornalista Vera Magalhães, nos bastidores do debate entre candidatos ao Palácio dos Bandeirantes, organizado pela TV Cultura, o UOL e a Folha de São Paulo. A servidora pública recebe R$22 mil ao mês, devido ao contrato formalizado com a Fundação Padre Anchieta, responsável pela TV Cultura, que é mantida pelos pagadores de impostos.

O deputado conservador questionou a servidora sobre o montante do contrato (cima de R$500 mil) e se tal verba foi destinada a lhe contratar para atacar o Governo Federal, especialmente o presidente Jair Bolsonaro. Magalhães chamou os seguranças (!), segurou o deputado pela ponta do queixo e discutiu com o mesmo, enquanto o diretor da Cultura, Leão Serva, roubou e arremessou o celular de Garcia, enquanto gritava: “Vá para a puta que pariu, filho da puta”. Garcia registrou boletim de ocorrência pelas agressões.

A grande imprensa e desafetos não demoraram a fazer uso político do caso, tentando inverter a situação e transformar o deputado de vítima em criminoso. Vídeos do ocorrido desmontam essa narrativa patife, mas são ignorados pelo Partidão e seus aliados de esquerda, como o PT, PSOL e PCDoB.

Tribunal de Exceção

No Tribunal de Exceção do PSDB, a presidente, deputada Maria Lúcia Amary, e o vice-presidente, deputado Barros Munhoz, compõe a bancada do Partidão junto ao deputado Adalberto Freitas. Das nove cadeiras, três são do PSDB e outras 3 pertencem aos parlamentares de esquerda Enio Tatto (PT), Erica Malunguinho (PSOL) e Marina Helou (REDE).

Além da clara intenção de perseguir um opositor ao governo tucano, o PSDB conta com a presença de inimigos ideológicos de Garcia. O palco está montando no Tribunal Político de Exceção do tucanato! Digam adeus à isenção, à lisura, ao amplo direito à defesa, enfim, ao tal devido processo legal.

A ausência de isenção, que impregna a ‘investigação’ contra Douglas Garcia, se expressou inclusive através da própria presidente do puxadinho. Amary declarou repúdio à vítima e sua solidariedade à agressora (aqui). O processo está contaminado desde a presidência da comissão.

Pedidos de cassação

Quem pede a cassação de Douglas Garcia? Parlamentares de esquerda, entre eles desafetos declarados como as deputadas Isa Penna (PCdoB) e Mônica Seixas (PSOL), com histórico de pedir a cassação de deputados que ousem questioná-las ou rebater seus ataques – como o delegado Olim e o próprio Garcia –, os deputados petistas Emídio de Sousa e Paulo Fiorilo (conjunto), Luiz Fernando Teixeira e Marcia Lia – junto de Leci Brandão (PCdoB). Completam a claque os tucanos Vinícius Camarinha, Patrícia Bezerra e Carla Morando.

Por curiosidade, antes de ser deputado, Garcia foi processado por Leci Brandão e agredido pelo colega de partido de Mônica Seixas, o deputado Carlos Gianazzi, que na mesma ocasião bateu numa mulher com um microfone, mas mantém seu mandato e jamais foi denunciado pela deputada.

Também devemos lembrar que o petista Luiz Fernando foi denunciado por Garcia, devido ao cargo concedido à sua esposa em gabinete do partido na ALESP. O petista ainda mordeu o colega Heni Ozi, que tentava apartar uma briga no Plenário. Enquanto a colega Márcia Lia tem histórico de perseguição contra Garcia; a petista já pediu a cassação do parlamentar por ser respondida após ataques ao presidente.

Todos os deputados de esquerda envolvidos na perseguição e tentativa de golpe contra Douglas Garcia possuem ações que justificariam suas próprias cassações. Não são parlamentares ilibados e possuidores de ‘espírito público’. Os casos acima são alguns, que servem para expor a profundidade do abismo moral, no qual se afunda a maior Casa Legislativa da América Latina.


A voz da consciência e da honra é bem fraca quando as tripas gritam

Denis Diderot

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