Santa Faustina Kowalsca, que nos revelou a imagem do Jesus Misericordioso, foi mais um farol enviado para iluminar o decadente século XX
Hoje é dia de Santa Faustina Kowalska, freira e mística.
Nascida em uma vilareja chamado Glogowiec, na Polônia, em 1905, e batizada como Helena, ela era a terceira dos dez filhos do casal Stanislaus e Mariana Kowalska. Desde criança sentia a vocação para a vida religiosa, e já aos 7 anos ouviu pela primeira vez a voz de Jesus a convidá-la para ‘uma vida mais perfeita”. No entanto, ela ainda precisou esperar pacientemente até o momento propício, pois seus pais não permitiam que abraçasse a vida religiosa.
Tempos depois, aos 25 anos, ela conseguiu ingressar no Convento das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, em Varsóvia, onde assumiu o nome de Irmã Maria Faustina. Após terminar o noviciado e emitir os votos perpétuos, percorreu várias casas da Ordem, exercendo as funções de cozinheira, jardineira e porteira.
Depois de entrar no Convento, Irmã Faustina passou a ter frequentes visões de Nosso Senhor. Ele pedia-lhe que se oferecesse em expiação pelos pecados do mundo e orasse sobretudo pelas pessoas que perdiam suas esperanças na Misericórdia Divina. Seus superiores, no entanto, por muito tempo não acreditaram nas visões de Irmã Maria Faustina, tratando-a como louca. Os sofrimentos causados por esta incompreensão, assim como os sofrimentos físicos que Santa Faustina sofria, eram oferecidos por ela pela expiação dos pecados do mundo.
Em 22 de fevereiro de 1931, Jesus passou a fornecer a Faustina mais detalhes da devoção à Sua Divina Misericórdia. Revelou-lhe uma imagem d’Ele de pé, com a túnica entreaberta na altura do coração, de onde saiam grandes raios, um vermelho (que remete ao sangue derramado por Ele) e o outro azul pálido (que remete à água que jorrou d’Ele). Depois, Jesus ordenou que a Irmã pintasse uma imagem de acordo com o que ela tinha visto e adicionasse a inscrição “Jesus, eu confio em vós”. Com o apoio de seu confessor, Irmã Faustina obedeceu à determinação de Cristo.
Posteriormente sucederam-se outras revelações sobre a devoção à Divina Misericórdia, como a Festa da Misericórdia, o Terço, a Ladainha, a Novena e a Hora da Misericórdia. E tudo isso Santa Faustina recebeu em meio a intenso sofrimento, mas sempre em profunda obediência a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Entre os sofrimentos que Santa Faustina amorosamente aceitou pela expiação dos pecados do mundo, estava uma tuberculose que ela suportou por 10 anos, até que, em 5 de outubro de 1938, aos 33 anos, ela finalmente ganhou a Vida Eterna. Sua história de vida, as experiências místicas com Nosso Senhor e seus sofrimentos foram registrados em um diário intitulado A Misericórdia Divina na Minha Alma.
Beatificada por São João Paulo II em 1993, e canonizada pelo mesmo Pontífice em 2000, Santa Faustina Kowalska, em seu curto tempo de apostolado neste mundo, constituiu um dos faróis que iluminaram o século XX, um século de descrença, desesperança e ceticismo. Nosso Senhor Jesus Cristo usou-a para lembrar ao mundo que, em meio ao caos em que mergulharíamos (e mergulhamos), sempre há a esperança na fé em Sua Divina Misericórdia – mas que, no entanto, muitas vezes a Misericórdia pressupões sacrifícios (e o prêmio, no final, é a Vida Eterna).
Que neste mês especialmente decisivo para o Brasil, lembremo-nos dos sacrifícios de Santa Faustina para expiação dos pecados do mundo inteiro, e estejamos atentos à devoção à Divina Misericórdia: façamos renúncias e sacrifícios, e rezemos, rezemos muito a Jesus Misericordioso por nosso país, e clamemos:
Jesus, eu confio em Vós!
Santa Faustina Kowalska, rogai por nós!
A Missão da Irmã Faustina
Rezava Irmã Faustina intensamente,
quando lhe apareceu Cristo Jesus,
que de Seu Coração luminescente
emanava azulácea e rubra luz,
e disse: “Antes de vir como Juiz,
vim como Rei misericordioso
a todo aquele que me honra e bendiz,
mas ai do incauto, cético e impiedoso
que prefere ignorar minha visita.
Leva ao mundo esta santa devoção –
toda alma que a adotar será bendita:
quem ao meu Compassivo Coração
rogar, de alma contrita e convertida,
há de obter minha Misericórdia
e ganhará no Céu a Eterna Vida,
e comigo estará em plena Concórdia.”
Faustina obedeceu, e propagou
do Cristo Piedoso tudo quanto
lhe fora dito, e para si tomou
as dores que lhe enviou o Filho Santo,
para expiação de todos os pecados
do mundo inteiro, e até mesmo dos seus,
até que um dia, os Anjos abençoados
levaram-na pro Céu, junto de Deus.