Convertida pela pregação de São Nono, Bispo de Edessa, Santa Pelágia abandonou uma vida de luxúria para se tornar eremita
Hoje é dia de Santa Pelágia, eremita.
Pelágia viveu no século V, e era uma renomada cortesã de Antioquia, muito bela e sedutora, e muito rica, cheia de servos e escravos.
Certa ocasião, o Arcebipso de Antioquia convidou São Nono (também conhecido como São Nano), Bispo de Edessa e renomado pregador, para ajudar na evangelização daquele grande centro. Quando o Bispo pregava em frente da Basílica de São Juliano, Pelágia passou com seu cortejo, carregada por seus escravos, cercada de homens que a cortejavam, e ouviu a pregação.
As palavras de São Nono atingiram o coração da jovem prostituta a tal ponto que, ao chegar em seu palácio, ela escreveu uma carta ao Bispo, pedindo que ele a recebesse para uma audiência, e que não desprezasse sua torpeza. São Nono respondeu a ela com um convite para que, se realmente estivesse arrependida e disposta à conversão, fosse à igreja para ser batizada.
Pelágia foi correndo à Basílica, à pé, deixando tudo para trás. Ela foi batizada por São Nono, desfez-se de tudo o que tinha, deu aos pobres e retirou-se para uma gruta na Palestina, onde, vestia com um saco grosseiro, viveu como anacoreta, em santidade, até o fim de seus dias. Por sua guinada radical de vida, ficou conhecida como Pelágia, a Penitente. Que essa sua radicalidade em abraçar o Evangelho possa iluminar nossos espíritos e nos inspirar no caminho da santidade, rumo ao Céu.
Santa Pelágia, a Penitente, rogai por nós!
A história de Pelágia, a Penitente
Pelágia, a prostituta, ia passando
com seu cortejo em frente a São Juliano,
Basílica de Antioquia, quando
escutou as palavras de um decano
Bispo, São Nono, e no seu coração
sentiu um golpe certeiro e fero dano.
Chegando em seu palácio, pôs-se então
a chorar, consciente de sua vida
imersa em contumaz degradação.
Com o Bispo foi ter, e arrependida
confessou sua vida de pecado,
mostrando-se de fato convertida.
Ganhou do santo Bispo, apiedado,
a bênção e o perdão, e recebeu
naquele mesmo dia o batizado.
Doou aos pobres tudo que era seu,
e no deserto foi então viver
em uma gruta, onde permaneceu
em santa vida até seu fenecer,
e em seus finais segundos, a eremita
dos Céus o próprio Cristo viu descer
para levá-la às glórias infinitas.