Rejeitada em dois conventos por causa de sua saúde frágil, Francisca tornou-se missionária incansável e passou 30 anos viajando entre a Europa e as Américas
Hoje é dia de Santa Francisca Xavier Cabrini, virgem e missionária.
Nascia em 15 de junho de 1850, na Itália, Francisca Cabrini foi a penúltima de 15 filhos. Desde pequena se entusiasmava com as vidas dos santos. Seu favorito era o jesuíta São Francisco Xavier. Seus pais, pobres camponeses, sacrificaram-se para conseguir formá-la professora.
Em um intervalo de um ano e meio depois de sua formatura, Francisca perdeu o pai e a mãe. Ao mesmo tempo em que dava aulas, alimentava o sonho de se tornar religiosa. No entanto, devido à sua saúde frágil, não conseguiu ser aceita nos conventos em que tentou ingressar.
Em 1877, com a ajuda de um pároco, fundou o Instituto das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus (ou “Irmãs Cabrinas”, como ficariam conhecidas), que foi colocado sob a proteção de São Francisco Xavier – foi nessa época, inclusive, que ela adicionou “Xavier” a seu sobrenome.
Francisca alimentava o sonho de levar sua missão para a China, assim como o padroeiro de sua Ordem, mas a conselho do Papa Leão XIII, seu destino foi o Ocidente, em uma época em que as Américas eram destino de um grande número de imigrantes que fugiam da fome e da guerra na Europa. Em trinta anos de trabalho intenso, Francisca Xavier Cabrini fundou 77 Casas em países como Itália, França e Estados Unidos (onde se estabeleceu em Chicago), Brasil e Argentina, construindo albergues, escolas e hospitais para os imigrantes.
A franzina, frágil e incansável Madre Cabrini, como ficou conhecida em seu tempo, morreu em Chicago, em 22 de dezembro de 1917.
Santa Francisca Xavier Cabrini, rogai por nós!
A jornada de Francisca
No pobre Norte da Itália,
nasceu Francisca, a franzina
gigante, que destes versos
é a meritória heroína.
Com sacrifício seus pais
a conseguiram formar,
e finda a honrada missão,
ao Céu foram descansar.
A Professora Francisca,
querendo Cristo seguir,
tentou freira se tornar
e a algum convento se unir.
No entanto, ninguém a quis,
pois sua saúde era ruim,
mas a franzina Francisca
a seu sonho não deu fim:
fundou, então, ela mesma,
a sua congregação
de missionárias honradas
até por Papa Leão.
Com suas santas irmãs,
viajando sem parar,
sua obra frutificou
pela Europa e no além-mar,
dando conforto aos migrantes
pelo mundo desvalidos,
do sul da América, Europa
e nos Estados Unidos,
onde veio a falecer,
já com seus sessenta e sete,
depois de tantas labutas,
no mariano dezessete,
e descansou finalmente
a incansável cabrina,
migrando, enfim, para o Céu
e à Eternidade Divina.
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