DOSE DE FÉ | Cornélio e Cipriano

Leônidas Pellegrini
Leônidas Pellegrini
Professor, escritor e revisor.

Mártires do século III, São Cornélio e São Cipriano constituem modelos de imitação de Cristo em Sua misericórdia para com os pecadores arrependidos

Hoje é dia de São Cornélio, Papa, e São Cipriano, Bispo, ambos mártires.

São Cornélio foi Papa entre 251 e 253. Seu curto pontificado foi atribulado, e marcado por um cisma dentro da Igreja, com a autoproclamação de um antipapa, Novaciano à Cátedra de Pedro. Isso porque Cornélio era favorável ao perdão aos lapsi, cristãos que durante as perseguições de Décio haviam renunciado à fé para salvar suas vidas, e, arrependidos, pediam sua readmissão no seio da Igreja.

Ainda que com a oposição dos rigoristas, que defendiam a excomunhão perpétua aos lapsi, São Cornélio manteve-se firme em sua política de piedade para com os arrependidos, e contou com solidariedade de São Cipriano, Bispo de Cartago, que enviou diversas cartas de apoio ao Pontífice.

Em junho de 252, com pouco mais de um ano de pontificado, sob a perseguição do imperador Treboniano Galo, São Cornélio foi preso e enviado ao exílio em Civitavecchia, onde morreu um ano depois, em junho de 253. Foi sepultado na Capela dos Papas, nas catacumbas de Calixto, em Roma.

São Cipriano, sob as perseguições do imperador Valeriano, foi morto por decapitação em 258. Relatos dizem que suas últimas palavras foram “Graças a Deus!”. Posteriormente, foi declarado Padroeiro da África do Norte e da Argélia.

Por terem sido irmãos na Fé, São Cornélio e São Cipriano são lembrados no mesmo dia no calendário litúrgico. Ambos constituem modelos de imitação de Nosso Senhor, que tantas vezes pregou o perdão aos arrependidos nos Evangelhos, e que, em Sua infinita misericórdia, perdoou e levou consigo ao Céu o último dos contritos com que se encontrou em Sua jornada terrena.

São Cornélio e São Cipriano, rogai por nós!

 

Irmãos de Fé

A São Cornélio e São Cipriano

 

Quando Cipriano deu “Graças a Deus”,

antes que fosse morto ao fio da espada,

sua presença no Céu já era aguardada

por muitos outros tantos irmãos seus,

 

unidos a ele em comunhão de fé.

E quando fez sua viagem celestial,

reconheceu em meio ao festival

de Santos que o acolhiam na Alta Sé,

 

Cornélio, Santo Padre e companheiro,

irmão da fé no Cristo Redentor,

e a ele foi correndo, prazenteiro,

 

e com imenso fraternal amor

abraçou-o, e em seguida ali chegou

Jesus, que junto a Si os estreitou.


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