Mãe e filho martirizados durante a Grande Perseguição de Diocleciano, Santa Julita e São Ciro constituem modelo de união familiar e família fiel a Cristo
Hoje é dia de São Ciro e Santa Julita, mártires.
Julita e Ciro eram mãe e filho. Viúva da cidade de Icônio, na região da Licaônia, hoje Turquia, Santa Julita era uma mulher muito rica, pertencente à aristocracia.
Quando Ciro tinha três anos, em 303, Diocleciano intensificou a Grande Perseguição contra os cristãos. Julita fugiu para a região da Selêucia e depois para a cidade de Tarso, onde foi presa pelo governador Alexandre em 304.
Diante da recusa de Julita a renunciar à sua fé, o governador ordenou que fosse chicoteada diante de seu filho. A cada golpe que levava, ela repetia a frase “Eu sou cristã”. Quando não suportou mais ver o sofrimento da mãe, o pequeno Ciro correu para ela. Todos esperavam que ele suplicasse por sua mãe, mas ele começou a gritar: “Eu também sou cristão!”. O governador, furioso, deu um chute no menino, que fê-lo rolar escada abaixo e morrer na queda – por isso, São Ciro é Padroeiro das crianças vítimas de maus tratos. Pouco depois, Julita foi morta por decapitação.
Santa Julita e São Ciro constituem modelo de união familiar e de família cristã fiel até a morte. O pequeno, morto aos quatro anos de idade, só não é mais novo que os Santos Mártires Inocentes assassinados por ordem de Herodes.
São Ciro e Santa Julita, rogai por nós!
Martírio de São Ciro e Santa Julita
Quando a viúva Julita foi levada
por ser cristã, seu filho, um meninote,
a viu sofrer debaixo de chicote,
mas a bradar a cada chibatada
“Eu sou cristã”, e, seguindo seu modelo,
à mãe ele correu, e então gritou
pra todos escutarem: “Também sou
cristão!”, e a ela estreitou-se com desvelo.
Um chute o fez rolar a escadaria
e ao Céu de imediato ser alçado,
e em pouco tempo lá o encontraria
sua mãe, que à espada teve derramado
seu sangue, e enfim, reunidos mãe e filho
foram morar no Lar de Eterno Brilho.
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São Ciro e Santa Julita, rogai por nós!