¿Senso de ridículo? Não temos…
Aproveitei o sábado chuvoso para assistir ‘Barbie’. Não esperava nada do filme, pelo que fui surpreendido positivamente. Hoje, resolvi publicar o por quê disso.
Julgamentos rápidos e contundentes me incomodam. Não que seja inocente, mas é algo que procuro evitar de fazer. Quando começaram a pipocar os primeiros comentários sobre ‘Barbie’, ficou evidente para mim que nalgum momento teria que assistir o filme. O fiz no sábado.
“Quando Pedro fala de Paulo, diz mais de Pedro do que de Paulo”, afirma (corretamente) o ditado. É preciso ter sempre isso em mente. É inescapável. Como não quero ser injusto, preciso tomar cuidado. Tampouco quero ser prolixo – pelo que irei direto ao ponto.
Primeiro, ‘Barbie’ aproxima-se demais de filmes-paródia para ser mera coincidência. Trata-se evidentemente de um filme que não se leva a sério. Portanto, não serei eu a levá-lo. Quem assim o faz, comete um erro relevante.
Porém, em meio aos deboches, admito, o filme levanta questões sérias – tanto que chegou a suscitar polêmicas. Por exemplo, ¿seria ‘Barbie’ um filme feminista?
O filme até flerta com isso; mas, de novo, esse não é sério. Logo, não pode ser feminista. O feminismo, como qualquer ideologia, se leva a sério; não tem graça.
Confesso, eu gargalhei assistindo ‘Barbie’ – que faz fortes referências a outros filmes, como ‘Matrix’, ‘Lego’, ‘Toy Story’, e ‘Top Gun’. Divertidamente, o filme levanta temas importantes, questões sobre amadurecimento, relações familiares, relações conjugais, etc., por uma perspectiva infantil e feminina; ao menos, prioritariamente assim.
O personagem Ken (e o Allan) traz o elemento masculino e, digamos, o elemento político. Claro, faz isso dentro do tom do filme; i.e., de forma escrachada e caricaturada.
Ao fim e ao cabo, o filme apenas nos ensina a se importar com os outros e nos convida a crescer – isso, através de brincadeiras. Afinal, ‘Barbie’ é um brinquedo.