ROBERTO LACERDA | Emoções no Mundo da Intelijumência ou De Volta à Casa Verde

Roberto Lacerda
Roberto Lacerda
Roberto Lacerda Barricelli é jornalista, assessor e historiador. Foi correspondente do Epoch Times e colaborador em diversos jornais, como Jornal da Cidade Online, O Fluminense, São Carlos Dia e Noite, Diário da Manhã, Folha de Angatuba e Jornal da Costa Norte

Se chamar o Dr. Bacamarte a Casa Verde vira Fazenda para Asnos

Quase sempre acho que a pior desgraça do Brasil é o movimento antimanicomial, porque se falta hospício, sobra doido para todos os lados. Se chamar o Dr. Simão Bacamarte, da famosa novela O Alienista, de Machado de Assis, a Casa Verde vira uma Fazenda para criação de asnos; daquelas que quando começamos a percorrer o Sol está nascendo, mas quando terminamos já está se pondo.

Na esquerda é uma fauna de malucos, desde aqueles que defendem o ‘direito ao assalto’ até os protetores de pedófilos e cracudos; não raro também dão suas cachimbadas. São malucos perigosos, que se nos fazem rir quando saúdam a mandioca, logo irrompemos em nervosismo ou choro quando arrebentam a economia, impõe censura, enfiam ideologia de gênero em cartilhas nas escolhas etc. Já do lado de cá, os nossos doidos geralmente são perigosos só para si mesmos, o problema é que são malucos daqueles que atiram pedra em avião e juram que uma hora o bichão de aço despenca lá dos céus.

Deste lado de cá os malucos estão sempre prontos para reagirem a algum sandice, por mais ridícula e absurda que seja! Tanto falam nas forças obscuras que controlam as nações, nas fraudes eleitorais e outras conspirações reais, mas esquecem de estudar esses fenômenos e desenvolverem a virtude da fortaleza. A histeria toma conta d’uma parte considerável de malucos, que sabem somente reagir a ‘gatilhos’ e acreditam que há comunistas até embaixo de suas camas, prontos para liquidarem o Zé das Coves.

A última foi levarem a sério uma brincadeira com a querida Steh Papaiano. Os cabras acreditaram que ela estaria na equipe de transição do Lula! É sério! Não sei se foi o vício em autofagia e na caça aos “traidores” e “infiltrados”, que dá algum sentido à vidinhas enfadonhas dessa claque, mas o dedo no c* e gritaria dos fugitivos da Casa Verde foi tanta, que a amiga precisou publicar vídeo esclarecendo que não está na tal da transição!

Porra! Vocês realmente acham que uma ativista com sangue nos olhos, que faria orgulho aos membros do saudoso CCC, seria chamada pelo pau de cana da república? É como se a emissora do Plim Plim tivesse chamado o professor Olavo de Carvalho e o Cabo Anselmo para apresentarem o Jornal Nacional. Faz tanto sentido quanto um soldado sem braços. Vocês estão mais loucos do que o Tio Vardemá dando truco no Chandon ou o Bob Jeff achando que é o Al Pacino em ”Scarface”.

Mas já que levaram essa palhaçada a sério, agora é minha vez de apelar: Ôh, pau de cana! Chama a Steh! Não para essa esquizofrênica equipe de trans-sição, mas como Ministra da Educação e Cultura! Aí eu dou valor. STEH NO MEC! Só para testarmos o quão és daemoncrático – ou se mantém o mesmo nível de álcool no sangue dos debates. Ah, se passou mal com o quase exorcismo do Padre Kelmon… Chorará sangue pelo olho que nada vê e saberá como se sentiu o Menino do Mep.

Bem, se Machado achava que os exageros da Casa Verde eram o que de poderia ocorrer de pior, jamais imaginaria que sua ausência seria igualmente danosa. Deveria ter se aconselhado com Aristóteles ou Santo Tomás de Aquino, para saber que os vícios estão sempre no desequilíbrio dos excessos, pois sejam para mais ou para menos, adoram um paranoico.

Se Erasmo conhecesse essa galera brazuca à esquerda e à direita, jamais teria elogiado a loucura.


Dos meus cursos, quem é inteligente sai mais inteligente, quem é burro sai maluco

— Olavo de Carvalho

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