ROBERTO LACERDA | As derrotas do campeão

Roberto Lacerda
Roberto Lacerda
Roberto Lacerda Barricelli é jornalista, assessor e historiador. Foi correspondente do Epoch Times e colaborador em diversos jornais, como Jornal da Cidade Online, O Fluminense, São Carlos Dia e Noite, Diário da Manhã, Folha de Angatuba e Jornal da Costa Norte

Como um político inglês superou as piores adversidades e humilhações e se transformou no herói da Segunda Guerra Mundial

Quando ouvimos algum dito popular sobre como a estrada para a vitória é pavimentada por nossas derrotas, ou sobre os fracassos serem importantes no processo de conquista e sucesso, talvez não seja raro torcermos o nariz ou pensarmos: “Que desculpinha de perdedor“. 

Todavia, será menos raro encontrarmos pessoas com dificuldade quase intransponível em lidar com frustrações. Quantos desistem facilmente, ou se tornam violentos, frente às frustrações? E quantos preferem culpar outrem ou agentes abstratos como “o destino”, “o azar”, “o universo” etc., ao invés de olharem para si? 

Se observarmos um dos maiores vencedores da história, será impossível manter o pensamento pueril de que só as vitórias são importantes. Me refiro ao maior herói da Segunda Guerra Mundial, Sir. Winston Churchill. 

Como me alonguei mais do que o prometido à nossa diretora, resumirei e exporei em tópicos os principais fracassos e sucessos deste grande campeão.

  • Era um gastador compulsivo, que viveu a maior parte da vida tendo mais dívidas do que rendimentos;
  • Foi reprovado duas vezes pela Real Academia Militar de Sandhurst, até conseguir ingressar;
  • Foi considerado o pior aluno em idiomas de sua escola, por não conseguir aprender latim e grego, mas se dedicou profundamente ao inglês;
  • Foi feito prisioneiro em Pretória, durante a Guerra dos Bôeres, em 1899, mas conseguiu fugir;
  • Como Primeiro Lorde do Almirantado sofreu uma derrota terrível na Primeira Guerra Mundial, em Dardanelos, que lhe custou a perda do posto;
  • Entre 1922 e 1924 não conseguiu ser eleito ao Parlamento;
  • Em 1940 é escolhido Primeiro Ministro;
  • Apesar de ter liderado a vitória contra Hitler, seu partido perde as eleições em 1945;
  • Em 1951 vence as eleições e volta ao cargo de Primeiro Ministro;
  • Em 1953 recebe o prêmio Nobel de Literatura por suas memórias de guerra. 

Mas falei sobre fracassos em batalhas durante a Segunda Guerra, pois já sabemos muito bem que foram superados. Um homem que suportou tantas vergonhas e derrotas e entrou para a história como um herói da nossa civilização.

Então… Será que devemos realmente surtar e gritar histericamente por causa de derrotas ou fracassos recentes? Ou por causa de um mal ambiente presente e baixas perspectivas de grandes vitórias a curto prazo? Devemos procurar culpados lá fora ao invés de olhar para dentro? 

Prestou atenção nessa breve história sobre Churchill? Então já sabe as respostas! E se gostou, fique atento à Vida e Legado na próxima edição da Revista Esmeril. 


O sucesso não é definitivo, o fracasso não é fatal: É a coragem de continuar que conta

Frase atribuída à Winston Churchill 

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