MURALHA DE LIVROS | Verdades inconvenientes, Brasil Império e santidade

Leônidas Pellegrini
Leônidas Pellegrini
Professor, escritor e revisor.

Os lançamentos do escritor Alexandre Costa são o destaque da semana

A Muralha da semana pode ser codificada nas palavras-chave verdades inconvenientes, Brasil Império e santidade. Os lançamentos vão de pesadas doses de redpill com Alexandre Costa, Guilherme Fiúza, David Alvarez e Gustavo Maultasch, a lições de História do Brasil com Luiz Phillipe de Orleans e Bragança, dois belos devocionários e a biografia de uma das Santas mais desrespeitadas de todos os tempos.

Alexandre Costa

No meio da semana, uma bela surpresa: dois lançamentos do estudioso expert em Nova Ordem Mundial Alexandre Costa. Pela Vide Editorial, Alexandre nos brinda com Um copo de redpill, coletânea de artigos publicados em veículos como Revista Terça Livre, Jornal Brasil Sem Medo e PHVox, entre outros, que evidenciam a distopia orwelliana que já estamos vivendo há algum tempo, mas que se intensificou e ficou mais evidente desde 2020, sob o pretexto da Covid-19 (84). A subversão da inteligência, as ditaturas do relativismo, do cientificismo e do politicamente correto, a mídia corrupta e manipuladora da “verdade”, o fim da liberdade de expressão e de pensamento, o big data e o transhumanismo, entre outras perversões que tornam nosso tempo um verdadeiro thriller de horror distópico estão lá, expostas e analisadas por alguém que já tomou galões da pílula vermelha, e que oferece ao público uma dose amarga, mas necessária, dessas verdades inconvenientes.

E se o leitor quer conhecer um pouco de alguns grupos envolvidos por trás dos horrores elencados no Copo de redpill, fique atento ao outro lançamento do autor: O Mínimo sobre Ocultismo, sexto volume da editora O Mínimo. Nele, Alexandre Costa mostra como a influência do ocultismo tem sido crucial nas grandes transformações do mundo. Seguindo a proposta da editora, o volume traz mínimo de informações sobre um fenômeno que, incrustrado em nosso cotidiano, com símbolos e hábitos diluídos na arte e na cultura, faz-se onipresente em nossas vidas sem que percebamos.

Avis Rara em defesa da liberdade

Na esteira das atuais distopias, a editora Avis Rara traz dois títulos que também discutem verdades muito inconvenientes. Agora em julho, foi publicado um importante volume em defesa da liberdade: Contra toda censura: um pequeno tratado sobre a liberdade de expressão, de Gustavo Maultasch. Com clareza, precisão e diversos exemplos históricos, o autor explora os mais diversos mecanismos de censura e explica por que precisamos, agora mais do que nunca, realizar um debate amplo e corajoso sobre o tema da liberdade de expressão.

Outro lançamento recente da editora que vale a pena ser mencionado é o Passaporte 2030: o sequestro silencioso da liberdade, em que o jornalista Guilherme Fiuza, com base nos abusos que vêm sendo cometidos nos últimos anos, expõe o totalitarismo disfarçado de proteção à vida humana em que estamos mergulhados. Com sua habitual mistura de coragem, estilo e sarcasmo, o autor explica como a chamada Agenda 2030 pode acabar com as liberdades individuais.

Um Brasil que poucos conhecem

E como não foge de um contexto distópico a manipulação da verdade nas narrativas históricas tendenciosas e viciadas que aprendemos na escola, que tal conhecermos um pouco mais sobre a História do Brasil pela perspectiva de um membro da família imperial brasileira? É isso o que nos oferece a LVM Editora com o título Império de verdades, em que o Príncipe Luiz Phillipe de Orleans e Bragança busca restaurar não só uma parte da História do Brasil, mas retratar as faces humanas e políticas de três importantes figuras históricas, apeadas de toda a sua grandeza por razões ideológicas: Dom João VI, Dona Leopoldina e Dom Pedro I. Ótima leitura para o ano do bicentenário de nossa independência!

Infiltração na Santa Igreja

E como se já não bastassem tantas verdades inconvenientes, a Editora Ecclesiae nos traz uma pedrada de David Alvarez, Espiões no Vaticano:  Espionagem e intriga de Napoleão até o holocausto[1].

Percorrendo dois séculos de história, o estudo de Alvarez revela o espantoso, mas pouco conhecido mundo da espionagem em um dos lugares mais sagrados na Terra. Ele avalia o pontificado de dez papas – de Pio VII, o nêmesis de Napoleão, até Pio XII, caluniado por alguns como “O papa de Hitler”, e escreve a primeira história das operações de inteligência e atividades secretas que alcançaram os níveis mais altos do Vaticano.

Com base em registros diplomáticos e de inteligência no Reino Unido, França, Itália, Espanha, Estados Unidos e na Santa Sé, a pesquisa demonstra que a atuação do Vaticano foi frequentemente limitada pela falta de forças de inteligência oportunas, e que pouco se fez para melhorá-las depois de 1870.
Desafiando a velha noção de que o papa é o mais bem informado líder mundial, Alvarez desvenda não apenas as operações internas do Vaticano, mas os eventos globais nos quais ele estava intricadamente envolvido.

Enfim, um pouco de santidade

E já que falamos da Santa Igreja, e para aliviar tantas pedradas de verdades inconvenientes, terminamos a Muralha da semana com um pouco de santidade.

A Edições Livre lançou nesta semana o clássico de Henri Dominique Lacordaire, Maria Madalena, Apóstola dos Apóstolos. A obra em si é um tesouro, e releva-se muito importante para que não nos deixemos enganar com tantas narrativas falsas e blasfemas sobre a Padroeira dos pecadores arrependidos.

E, para fechar com chave de ouro, cabe ainda divulgar dois devocionários recém-lançados: o Devocionário À Mãe Rainha, da Edições Cristo Rei, que reúne diversos escritos, meditações e orações acerca da Santa Mãe de Deus e nossa, e o Devocionário Virgo Fidelis, organizado por Sabryne Amaral Martins, que orienta a vida de oração dos católicos segundo a Doutrina da Santa Igreja.

Muralha pesada esta semana, eu sei. Mas com tijolos preciosos e mais que necessário. Fica a dica de sempre: estudem, eduquem-se, construam suas muralhas, e até sábado que vem!


[1] O estudo de Alvarez, inclusive, serviu de base para o artigo “Espiões no Vaticano: quem é a vítima?” , de nosso querido Padre Bernardo Maria, publicado na edição 32 da Revista Esmeril.


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