Padroeira dos pecadores arrependidos, Santa Maria Magdalena foi liberta da sete demônios por Nosso Senhor, foi fiel a Ele até o fim e tornou-se grande anunciadora do Evangelho
Hoje é dia de Santa Maria Magdalena, seguidora de Nosso Senhor.
Há certa confusão a respeito da identidade de Maria Magdalena. Há fontes que a identificam com Maria de Bethânia, uma das irmãs de Lázaro. Certa tradição a identifica com uma prostituta arrependida. Há quem acredita que ela seja a mulher adúltera de João 8, 1 – 11, ou a pecadora de Lucas 7, 37 – 39.
De acordo com os Evangelhos canônicos, no entanto, sabemos que: era uma mulher de muitas posses, da cidade de Magdala (por isso, Magdalena), pecadora arrependida, que, após ser liberta de sete demônios por Jesus[1], passou a segui-Lo, junto com um grupo de mulheres que O auxiliavam e aos Apóstolos; acreditava que Cristo era o Messias e o Filho de Deus, foi fiel a Ele até o fim – assistiu de perto a Sua crucifixão, junto com Nossa Senhora, Maria de Cléofas e São João; foi a primeira testemunha de que Jesus havia ressuscitado e a primeira a anunciar Sua Ressurreição.
Segundo a Tradição, ainda, Maria Magdalena recebeu o Espírito Santo em Pentecostes e tornou-se grande pregadora do Evangelho, sendo que seguiu com um grupo para a França, onde foi sepultada por São Maximino de Aix.
Teorias estúpidas, estapafúrdias e heréticas
A respeito de Santa Maria Magdalena, o católico deve antes de tudo evitar as teorias estúpidas, estapafúrdias e heréticas. Teses de Maria Magdalena como “Primeira entre os Apóstolos” e “Esposa de Jesus”, difundidas no imaginário popular por blasfemos como Margaret George e Dan Brown, entre outros ímpios da modernidade, partem do estudo de escritos apócrifos e, não raro, gnósticos – portanto, anticristãos.
O que mais importa para nós é entender que Maria Magdalena era uma mulher de muitos pecados (assim como nós), atormentada por demônios (o que também pode acontecer conosco), e que teve o privilégio de conhecer Nosso Senhor Jesus Cristo pessoalmente (nós não…) e ser curada por Ele, e a Ele dedicando toda a sua vida a partir de então (isso, nós podemos!).
Espelhemo-nos, portanto, em Santa Maria Magdalena, que pelo arrependimento sincero passou da vida de pecados para à perfeita fidelidade a Jesus Cristo. À Padroeira dos pecadores arrependidos, peçamos:
Santa Maria Magdalena, rogai por nós!
A mulher de Magdala
Em Magdala uma mulher havia,
por sete bestas infernais tomada,
e que por Jesus Cristo foi curada
quando Ele lhe falou: “De pé, Maria,
levanta-te e me segue!” Recobrada,
passou a acompanhá-Lo noite e dia,
até mesmo em Sua Última Agonia,
aos pés da Dolorosa Cruz prostrada.
Quem foi esta mulher de Magdala?
Maria se chamava, e arrependida
de todos seus pecados, nos convida
a em contrição autêntica, imitá-la
seguindo Cristo com fidelidade,
e merecê-Lo pela Eternidade.
[1] Ainda que exegetas modernos interpretem os sete demônios de Maria Magdalena como simbólicos, em alusão aos sete pecados capitais, não se deve ignorar a verdade histórica do relato evangélico: Nosso Senhor de fato retirou demônios do corpo de Magdalena, assim como de outros tantos pecadores.
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