Destaque para de obra ímpar de Chesterton publicada pela Ecclesiae e importante lançamento do IBESEC sobre a tirania ideológica nas universidades brasileiras
A Muralha desta semana traz dois importantes G.K. Chesterton (um deles em tradução inédita no Brasil), uma importante obra que comprova matematicamente a censura intolerância anticonservadora nas universidades brasileiras. Além disso, importantes lançamentos sobre a eternidade de Deus, o perverso Manifesto Comunista de Marx e Engels, o cuidado com os filhos, o aprimoramento do multiaprendizado, e as relações do mal espiritual do escrúpulo com os TOCs. Ainda, a pré-venda de um importante épico do século XVI finalmente traduzido na íntegra para o português.
Siga a lista, e prepare-se para obras de peso!
Destaques
O primeiro destaque da semana vai para Eugenia e outros males, de G.K. Chesterton, lançado pela Editora Ecclesiae. Publicado em 1922, este clássico de Chesterton revelou-se profético. Bastante atento ao processo de corrupção das consciências em estado avançado no início do século XX, o autor notou que, em meio ao frenesi cientificista que colocava Darwin sobre um pedestal de imensa autoridade, não havia nada além de um raciocínio perigosamente perverso. A teoria darwiniana tão divulgada nos meio científicos e na imprensa fundava-se, na verdade, na eugenia, que se traduz na negação da humanidade a determinado grupo de pessoas, os “não aptos” (em geral, pobres, deficientes ou grupos étnicos específicos). Disso, nascem as “bem-intencionadas” políticas de redução populacional dirigidas por uma elite que determina quem pode ou não nascer, quem pode ou não ter filhos, quem pode ou não existir. Instaurava-se então a tirania da “ciência”, que, como assinala o fundador da Chesterton Society Dale Ahlquist (que assina o prefácio desta edição), tornou-se implacável em perseguir o cristianismo – e não o contrário, como se fez acreditar às massas.
Confira abaixo um trecho do prefácio da Alhlquist:
“Eugenia e aborto são a tirania da elite decidindo quem deve viver e quem deve morrer. E, se diz respeito à elite, diz respeito ao dinheiro. Foram os Rockefeller, os Carnegie e outros magnatas capitalistas que financiaram a pesquisa eugênica no começo do século XX. Eles passaram a ser grandes apoiadores da Planned Parenthood. Chesterton diz que a riqueza, e a ciência social financiada pela riqueza, fazem experimentos inumanos e, quando eles falham, fazem experimentos ainda mais inumanos. Eles são inumanos porque não têm Deus; mas não têm Deus por não quererem encarar o quão inumanos são.”
E se falamos em tiranias, o segundo destaque da semana vai para um lançamento do IBESEC, Intolerância acadêmica: prova da perseguição aos conservadores na Universidade, do professor Tiago Nóbrega de Salles. O livro é resultado de um trabalho de pesquisa de campo do autor, que conseguiu comprovar matematicamente o boicote aos professores de viés conservador ou liberal nas universidades brasileiras. Realidade apontada pelo professor Olavo de Carvalho em diversos de seus artigos e aulas, e finalmente registrada livro que pode ser usado de fonte confiável contra quem nega a existência da sistemática censura aos conservadores na “Academia”.
Confira abaixo um trecho da obra:
“Assim como sabemos que 2 + 2 são 4, e assim como sabemos que 3+3 são 6, também sabemos agora que existe uma censura em nossas universidades. Não existe mais espaço para dúvida, essa é a diferença crucial entre meu trabalho e as denúncias anteriores. Antes nós falávamos; agora, nós provamos. Até ontem, podiam usar de seu cinismo e alegar ‘não existe censura, existe uma discussão aberta de ideias’; hoje, não podem mais. Até ontem a censura era questão de opinião; hoje, é uma certeza.
Uma vez comprovada a censura, e uma vez demonstrado que ela não se faz pelas universidades do mundo como um todo, somente podem existir duas armas para se negar as verdades aqui expostas: ou irão nos criticar (mais exatamente, caluniar), ou então nos ignorar.”
Outros lançamentos
Chesterton também ganhou um lançamento (este, em tradução inédita no Brasil) pelo Instituto Hugo de São Vitor: Charles Disckens: biografia e estudos reunidos. Como o próprio título indica, é uma biografia e e um livro de crítica literária, mas não se trata de mera crítica, mera passada em revista sobre o que Dickens escreveu, jogando aqui e ali alguns elogios e algumas censuras, com olhar frio e sereno. Não se trata de uma carta de amor a Dickens tampouco, com férvidas declarações de devoção ao estilo e às tramas. Pode-se dizer que é ambas essas coisas, mas é também muito mais. Na verdade, não seria muito errado dizer que se trata de uma obra filosófico, embora também sociológica, sem deixar de ser crítica séria e ainda biografia precisa.
Pela Vide Editorial, Tempo e eternidade: as relações entre Deus e o tempo, de William Lane Craig, um livro escrito para quem deseja encarar o conceito da eternidade de Deus com seriedade. Segundo o próprio autor, a obra “é a popularização de quatro obras acadêmicas que são produto de mais de uma década de estudo do problema da relação entre Deus e o tempo. Um eminente filósofo observou que ‘o problema do tempo’ virtualmente não encontra rivais ‘no grau em que inexoravelmente põe em jogo todas as grandes preocupações da filosofia’. Quando se combina o problema do tempo ao ‘problema de Deus’, como exige o estudo da eternidade divina, tem-se um tema que exaure uma vida inteira de estudo.”
Pela O Mínimo, O mínimo sobre o Manifesto Comunista, de Daniel Lopez. Seguindo a linha da editora, a obra traz o mínimo, o básico e o essencial para situar o público a respeito do maligno e tão daninho opúsculo que Marx e Engels publicaram em 1845, e orienta o leitor para um estudo sério sobre ele, para que a crítica ao comunismo possa sair do nível da mera discussão de boteco.
Pela Kírion, Proteja seus filhos: como manter em segurança seu bem mais precioso (e ficar em paz), de Gavin de Becker. A obra orienta os pais a se atentarem para algumas realidades mais difíceis e treinarem seu “sexto sentido” para que possam preservar a segurança e a integridade de seus filhos, os bens mais preciosos que lhes foram confiados por Deus.
Pela Auster, Como aprender qualquer coisa: ferramentas cientificamente testadas para você aprimorar qualquer aptidão, de Barbara Oakley e Olav Schewe. Durante décadas de pesquisa sobre a realidade do aprendizado, os autores estabeleceram conexões profundas com especialistas de várias disciplinas. Neste livro, o leitor encontra o melhor das ferramentas práticas para o aprendizado desenvolvidas em pesquisas em neurociência, psicologia cognitiva, educação e muitas outras áreas, e descobre que existe uma maneira de aprimorar a sua capacidade de resolver “problemas”, sejam quais forem.
Pelo Centro Dom Bosco, Temores insanos: escrúpulos e transtorno obsessivo compulsivo, de Jordán Abud. Nesta obra, o autor busca resgatar o que de verdadeiro a moderna psicologia descobriu em suas investigações, para então apresentar o resultado do seu estudo a respeito do estado patológico de quem vive sob a égide do medo de infringir alguma regra moral ou religiosa. Nesta atitude de respeito à tradição, Abud se mostra um fiel discípulo de Santo Tomás, para quem a ciência do presente é sempre devedora das reais conquistas do passado. Em tal contexto de assimilação dos aportes contemporâneos, são avaliados tanto os critérios diagnósticos como os princípios epistemológicos que lhes servem de base, assim como os fatores predisponentes que podem agravar o quadro do Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC).
Pré-venda
A Muralha da semana não poderia terminar sem o anúncio de uma importante pré-venda da Ateliê Editorial: o segundo volume de Orlando Furioso, de Ludovico Ariosto. Vinte anos depois da publicação do primeiro volume, a editora finalmente dispõe da tradução integral deste clássico épico de cavalaria do século XVI, com seus nada menos que 38.576 versos, distribuídos em 4.822 oitavas-rimas por 46 cantos.
A pré-venda vai até 15 de maio, pelo site da editora, e neste período a obra pode ser adquirida com um desconto especial de quase 40%.