MURALHA DE LIVROS | Pequena, mas forte

Leônidas Pellegrini
Leônidas Pellegrini
Professor, escritor e revisor.

A Muralha desta semana é pequena, mas forte. Confira os três lançamentos a seguir, e não deixe de aproveitar nossas promoções de Black November, que seguem até o dia 30. Um excelente final de semana a todos!


O destaque desta semana é um lançamento da Kírion, O pesquisador moderno, de Henry F. Graff e Jaques Barzun. O livro é uma introdução clássica às técnicas de pesquisa e à arte da expressão, um guia completo para todo aquele que deseje aprender como encontrar os fatos nas questões que lhe interessam, e comunicá-los.

Desde sua primeira edição, em meados do século XX, e em suas sucessivas reedições atualizadas, este livro vem atendendo às necessidades não somente de estudantes universitários ou de pós-graduação, mas de quaisquer pesquisadores, redatores, jornalistas, escritores e intelectuais independentes. Isto porque ele orienta o leitor em todas as etapas do processo, desde a seleção do tópico, a coleta e a análise das informações, até os detalhes de redação, revisão e publicação dos resultados — e não com regras frias e abstratas, mas com exemplos que evidenciam as sutilezas do trabalho intelectual, e assim iniciam o aprendiz no vivo e verdadeiro ofício do pesquisador.

Outro destaque é um lançamento da Versal Editores, Breve História da Conquista do Oeste, de Gregorio Doval. A obra leva o leitor de volta a 1783, quando as Treze Colônias norte-americanas se tornam independentes da Grã-Bretanha e se constituem como país livre. Começa então o processo de colonização de um imenso território até então desconhecido. Indômitos cidadãos, seguindo o rastro de pioneiros como Daniel Boone, colonizam os extensos vales de Ohio, os Grandes Lagos e a zona dos Apalaches. Centenas de milhares de exploradores, caçadores, pioneiros, garimpeiros de ouro e colonos partem rumo ao desconhecido, movidos pela fé em uma vida melhor. Muitos sucumbiram na tentativa. Mas para cada família que fracassava, ao menos outras cinco estavam dispostas a iniciar a trágica aventura. A febre do ouro, o comércio de peles, os heróis do Álamo, a lenda de Davy Crockett, a Guerra de Secessão…

A Breve História da Conquista do Oeste nos apresenta uma das maiores epopeias colonizadoras da história na qual se forjou a identidade de um novo país: os Estados Unidos da América.

E, pela LVM, A inflação como delito, em que Ricardo M. Rojas concentra suas análises nas causas da inflação, lembrando-nos que “o que inflaciona é o dinheiro, e não os preços”. Desta forma, a explicação habitual da inflação como o “aumento dos preços” contém um erro que custou caro às sociedades modernas.

Nos primeiros capítulos, o autor desenvolve o conceito e a origem do dinheiro, dos preços, da inflação e suas causas, e conclui que nos sistemas de papel-moeda de oferta forçada pelo Estado, o único responsável pela inflação é o governo. Um aumento injustificado da quantidade de dinheiro em circulação deprecia o seu valor de compra e distorce os preços relativos.

Após a explicação econômica, Rojas ensaia a explicação jurídica sobre a responsabilidade do governo pelas suas ações e, mais especificamente, as razões pelas quais os governantes intervencionistas deveriam ser responsáveis pelas emissões excessivas. Tal excesso deveria ser previsto no Código Penal como um crime contra os cidadãos, como forma de falsificação ou adulteração de dinheiro.

O livro termina com uma proposta concreta para a nova infração penal, bem como com outras regulamentações que estabeleçam claramente o limite do poder de emissão ― para proteger o princípio da legalidade ― bem como medidas complementares, como a garantia da livre circulação e da concorrência, de moedas, investimentos estrangeiros e a proibição do Banco Central de financiar o déficit operacional do Estado com suas reservas ou emissão monetária.


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