Destaque para lançamentos de Daniel Ferraz e Padre Augusto Ferretti
Entre anjos se alicerça a Muralha desta semana.
Quando o primeiro anjo caído, invejoso e ressentido disse Non serviam!, nascia o pensamento revolucionário, que aquele mesmo anjo, sob pele de serpente, legaria à humanidade no Jardim do Éden. Desde então, a revolta contra Deus e o desejo ocupar Seu lugar passou a fazer parte do coração humano, chegando à modernidade, sobretudo ao século XX, com uma fúria sem igual. E foi essa revolta furiosa e megalomaníaca, sempre alicerçada em novas bases – todas heterodoxas, e, por que não dizer, satânicas – sobre a ordenação do universo, que moveu indivíduos e grupos a ideias que geraram regimes políticos e planos totalitários e genocidas. A revolta contra o Criador, enfim, torna-se a ruína do homem. É sobre isso o principal destaque desta semana.
Mas nem só se anjos maus constrói-se esta Muralha, pois o segundo destaque da semana traz tudo o que precisamos saber sobre nossos anjos protetores, aqueles que nos defendem do mal à nossa volta e em nossos próprios corações, quando permitimos e clamamos para que eles ajam em nossas vidas.
Entre os outros lançamentos da semana, temos uma obra essencial da Patrística, que busca responder qual a razão de ser do homem perante seu Criador; o mais completo tomo hagiográfico sobre os santos e beatos de nossa Pátria Mãe; um importante estudo sobre as diferentes personalidades humanas e como elas influenciam nossas vidas; e um clássico de Andersen recontado por um dos mais hábeis e talentosos escritores da literatura brasileira contemporânea.
Ainda, a pré-venda da biografia de um dos maiores santos do século XIX e de todos os tempos, padroeiro dos Sacerdotes e Párocos.
Confira as obras abaixo, e um excelente sábado!
Destaques
O principal destaque da semana vai para um lançamento da Editora PHVox, Do ocultismo na política moderna, de Daniel Ferraz. Neste livro, que é composto por artigos publicados nos portais PHVox e Influência Jovem, o autor se aprofunda nas raízes esotéricas e gnósticas que, como pivôs do pensamento revolucionário (Non serviam!), nortearam diversos movimentos totalitários no século XX, especialmente o nazismo, o comunismo e, em seus mais diversos matizes, o globalismo.
O volume é organizado em três partes: a primeira, sobre o fundamento da revolução – isto é, a tentação gnóstica; a segunda, breves críticas à direita política brasileira; e a terceira, reflexões sobre a existência. Nele, Daniel procura mostrar, introdutoriamente, essas tragédias existenciais mediante o contraste simbólico adquirido de Santo Agostinho (Cidade dos Homens e a Cidade de Deus) e o conceito de mentalidade revolucionáriade Olavo de Carvalho. Em tempos em que a direita brasileira, órfã do Professor, vem sendo cada vez mais cooptada pelo canto da sereia duguinista (revolucionário e gnóstico), eis um livro para ser lido com atenção.
Confira abaixo h trecho da introdução do livro:
“Há uma miríade de correntes histórico-filosóficas que nos trouxeram, existencialmente, aos problemas dos dias atuais. Inúmeras correntes em seus acidentes ora confluentes, ora divergentes, ora contraditórias, ora unânimes, que, em essência, propuseram a superação do homem pelo próprio homem. Em outros termos, devaneios de mentes geniais – porém perversas e histéricas – que, por meio da negação peremptória daquilo que o ente humano é de fato, buscaram remodelá-lo conforme sua própria imagem e semelhança mediante um idealismo absoluto.
O ser humano, ser racional por excelência, desde o início das eras pós sua Queda, viu-se tanto na necessidade de compreender o mundo imediato que se apresentara a ele – independente de seus juízos e opiniões – como de buscar, pelo uso natural da razão, os fundamentos e princípios de sua participação no ser. Além disso, isto é, da percepção natural entre sujeito e objeto, as camadas superiores da realidade objetiva que o abarca e o transcende infinitamente mais do que sua razão pode conceber. Entretanto, é nesta relação entre absoluta transcendência e o serparticipado ao ente por analogia, que o ser humano encontrou o sentido mesmo para sua existência e seu devido fim.
Contudo, pelos efeitos nefastos do Pecado Original – fruto do orgulho desmedido de nossos primeiros pais, inebriados pelas falsas promessas da Serpente no Jardim do Éden – e pelas três concupiscências posteriores – a saber: do olho, da carne e a soberba da vida –, o ser humano, através da História, reiteradas vezes tenta se absolutizar como princípio e fim de todas as coisas mediante utopias sociopolíticas advindas das más compreensões acerca da realidade, assim como pelas inúmeras tentativas de superá-la, tornando-se, abominavelmente, divindades mundanas, rejeitando sua própria condição natural de ente materialmente contingente.
A tensão entre o ser e o conhecer, o participar da realidade e, em contraste, as quimeras de destruí-la e superá-la, são as tragédias existenciais que refletimos aqui.
Como diz Santo Agostinho, em seu De Civitate Dei, XIV, 28: ‘Dois amores fundaram duas cidades: o amor do homem por si mesmo até o desprezo de Deus, a terrena; e o amor de Deus até o desprezo de si mesmo, a celeste’”.
E se o primeiro destaque da semana evidencia a rebeldia e as consequências de um anjo caído, o segundo mostra a presença e a ação dos anjos bons de nosso dia a dia. Os Santos Anjos da Guarda, do Padre Augusto Ferretti, publicado pela Edições Livre, traz tudo o que precisamos saber sobre a natureza e o ofício de nossos divinos protetores, com quem temos uma dívida de amor.
Manifestação do poder, da sua sabedoria e da paternal bondade de Deus, os anjos são junto de nós exatamente aquilo que os preceptores são junto dos seus discípulos. Os preceptores, como era de costume antigamente, deviam transformar a criança em um perfeito cidadão: para isto deviam dar-lhe modos, instruí-la, acompanhá-la em suas viagens, ampará-la, confortá-la. Diante dos anjos, espíritos sapientíssimos, somos de fato crianças que devemos ainda formar-nos nos bons modos cristãos, e que muito temos que aprender da doutrina divina que Jesus veio ensinar aos homens. São por isto eles, realmente, os nossos preceptores. Assim os chama a Santa Igreja em seus hinos, assim os Santos Padres os apelidam em suas admiráveis obras.
Leia abaixo um trecho da obra:
“Percorramos a escala dos seres criados por Deus: os minerais, que apenas existem, mas que não vivem; os vegetais, que vivem, mas que não gozam da vida sensitiva (que lhes seria facultada por sentidos como os dos animais); os animais que veem, cheiram, ouvem, etc., mas que não têm conhecimentos intelectivos; o homem, que goza de vida intelectiva, mas que a goza dependentemente do cérebro, que é matéria; e enfim os anjos, que gozam da vida intelectiva independentemente da matéria.
Estes são, portanto, os seres mais perfeitos jamais saídos das mãos de Deus, assim como os minerais, que abrem essa escala de seres, são os mais imperfeitos, ou por outra, os que gozam de menos perfeições.”
Outros lançamentos
Pela Ecclesiae, A criação do homem, de São Gregório de Nissa. Na história do cristianismo, São Gregório de Nissa foi o primeiro a perguntar: o que é o homem? Qual é a razão de ser do homem cristão? Sua resposta é uma reflexão, a partir da perspectiva do incrédulo, sobre o livro do Gênesis. Desejando completar as Homilias sobre o Hexaemeron de seu irmão Basílio, Gregório escreve o primeiro tratado consagrado por um pensador cristão ao problema antropológico, apresentando o homem como o ápice e a glória suprema da Criação. Ele se aprofunda nas palavras “Feito à imagem e semelhança de Deus” para decifrar o mistério que pode explicar todas as aspirações do homem. Em última análise, o que define a grandeza deste é ter sido criado à imagem de Deus. Gregório descreve, então, em que consiste essa semelhança, e propõe uma explicação teológica para o mal, a Queda e a redenção universal, combatendo a tese da pré-existência das almas e da reencarnação. O tratado termina com uma teoria médica que descreve os vários órgãos do corpo e seus papéis no organismo, a partir da qual se conclui que a alma é de fato criada ao mesmo tempo que o corpo, ambos prometidos para a ressurreição.
Pelo Centro Dom Bosco, Santos Portugueses, de João Ameal. O autor, fiel à história e com toda sua grandeza, traz este livro como complemento indispensável à sua História de Portugal e História da Europa, como uma obra de extremo amor e dedicação à essência sólida da história de gigantes, evocando a ardente pregação de Santo Antônio, descrevendo a aventura assombrosa de São João de Deus, até a gesta heroica do duplo martírio de São João de Brito.
A vida do Santo tem suas raízes fincadas no mistério da fé, no que ele tem de mais alto e transcendente e na sua união íntima com Deus.
Trata-se de mais mais uma obra grandiosa de Ameal que nos transmite, com toda segurança, a vida e obra de santos que subiram aos altares de nossa Pátria Mãe por amor desse mistério.
Pela Auster, Os 16 tipos de personalidade e seus dons específicos, de Isabel Briggs Meyers e Peter Briggs Meyers.
Os problemas de comunicação, o uso inadequado dos dons e os comportamentos negativos acabam por prejudicar nossas relações interpessoais e o nosso progresso em diferentes áreas da vida — como no ambiente escolar e acadêmico, no trabalho, no casamento etc.
Isabel Briggs Myers acreditava que a solução para essas questões estava no estudo e compreensão das diferentes personalidades existentes. Assim, junto de sua mãe, Katharine Briggs, ela desenvolveu o Myers-Briggs Type Indicator (MBTI), uma abordagem amplamente reconhecida e utilizada na psicologia, nos recursos humanos, na orientação profissional e no desenvolvimento pessoal.
Neste livro, com a contribuição de seu filho Peter B. Myers, Isabel explora a diversidade da personalidade humana, evidenciando como nossas características moldam nossa visão do mundo, influenciam nossas escolhas e impactam nosso desempenho em diversas esferas.
Esta leitura é recomendada a todos aqueles que estão em busca de autoconhecimento para reconhecer seus dons, aproximar-se de seus desejos pessoais, ter solidez nos julgamentos e percepções mais claras das pessoas e dos acontecimentos ao seu redor.
Pela João e Maria, A roupa nova do rei, famoso conto do autor dinamarquês Hans Christian Andersen que chega agora aos lares brasileiros na prosa ágil e envolvente de Fábio Gonçalves.
O bordão “o rei está nu”, que o conto tornou mundialmente conhecido, resume a farsa dos homens que se fazem cegos para não passar por ignorantes, mas terminam desmascarados pelo inocente de olhos limpos e coração puro.
Ideal para leitura em voz alta na pré-alfabetização (4+) e para a leitura autônoma dos grandinhos (7+).
Pré-venda
A Editora Santa Cruz começou nesta semana a pré-venda de O santo e seu demônio: a vida do pobre Cura d’Ars, do Padre Wilhelm Hünermann. Neste relato vivo e comovente, Hünerman, que escreveu dezenas de celebradas biografias de santos católicos, conta como S. João Maria Vianney ingressa no sacerdócio após árduos anos de escola e estudo. Seu período sacerdotal começa na época da Revolução Francesa. Os velhos mestres são expulsos, mas os novos são ainda mais cruéis. Todo ódio é dirigido à Igreja e seus sacerdotes. Um tempo de expiação e provação começa para os padres leais à Igreja. Apesar de toda a turbulência do tempo, como uma pessoa extraordinariamente pura e amorosa, ele lentamente transforma tudo e todos à sua volta, cumprindo exemplarmente seu chamado e realizando aquele que é o grande milagre de Ars, a vitória final do amor divino.
O livro pode ser adquirido no site da editora e tem 40% de desconto durante o período da pré-venda, que vai até o dia 25 de outubro, quando começarão os envios dos exemplares.