Destaque para obra crítica ao modelo de educação uniforme das escolas regulares
Os arautos da pedagogia moderna adoram papaguear sobre clichês como “educação inclusiva”, “pluralidade” e “respeito à diversidade”, mas, de fato, defendem modelos uniformizados de ensino, sobretudo com a mais rígida centralização e controle estatal das atividades de ensino. O destaque desta edição da Muralha é justamente um apelo à verdadeira educação plural.
Também, mais cinco valiosos lançamentos que abrangem a história da literatura brasileira, uma interpretação católica sobre a teoria de gênero, uma clássica alegoria sobre o comunismo stalinista e uma bela novidade par aos jovens leitores.
Acompanhe os lançamentos a seguir, e um excelente final de semana!
Destaque
O destaque desta edição é um lançamento da Kírion: Chega de escola: pelo direito de educar livremente, de John Taylor Gatto.
Nesta obra, Gatto aborda suas preocupações com o modelo de educação pública americana, argumentando que ele é ineficiente, sufocante e desmoralizante tanto para os estudantes quanto para os professores.
O autor defende a ideia de que a escola pública tradicional limita a liberdade de escolha dos pais e alunos, resultando em uma educação padronizada que não atende às necessidades individuais. Ele promove a educação domiciliar e outras formas alternativas de educação, acreditando que essas formas podem proporcionar um ambiente mais enriquecedor e personalizado para o desenvolvimento das crianças.
O livro também inclui contribuições de pais, estudantes e outros educadores, que compartilham suas experiências e reflexões sobre a necessidade de uma reforma educacional que valorize a diversidade de métodos e abordagens pedagógicos. A obra é um apelo para que a sociedade repense como a educação é oferecida e abra espaço para mais opções e liberdade de escolha na educação.
Confira a seguir um trecho da obra:
“O que você está prestes a ler é muito mais do que parece. Um professor de ensino fundamental e um ex-aluno seu, agora colega de profissão, alugaram o Carnegie Hall com o dinheiro do próprio bolso e, com o suor do próprio rosto, reuniram um grupo de educadores bem-sucedidos para falar para uma plateia não-selecionada. Nenhuma faculdade prestou auxílio, embora muitas tenham sido contatadas, nenhum jornal cobriu o evento, embora todos tenham sido avisados, nenhum militante a favor da reforma das escolas deu uma mãozinha, embora a maioria deles tenha falado sobre o evento em privado, um pedindo ao outro que se calasse. Mas mesmo assim, a primeira convenção popular nacional pelo direito e dever de educar livremente foi um sucesso. Qualquer um que refletir com cuidado sobre o ocorrido verá que não poderia ter sido de outro jeito.”
Outros lançamentos
Pela Sétimo Selo, A vida literária no Brasil – 1900, de Britto Broca.
O livro comporta um vasto painel do ambiente social-literário brasileiro entre 1900 e 1914, anos em que saíram as últimas obras de Machado de Assis, as primeiras de Euclides da Cunha e Lima Barreto, os versos de Alphonsus de Guimaraens e Augusto dos Anjos. Ao abordar a literatura em termos de vida social, dando minucioso registro da formação dos homens de letra, Brito Broca reconstrói com maestria o ambiente cultural da belle époque brasileira: a boemia, que já se debatia na agonia; os salões literários, os cafés, as cervejarias e as reuniões à porta de livraria; os raros, mas pouco edificantes escândalos na Academia Brasileira de Letras; as polêmicas apaixonadas e furiosamente pessoais; as modas literárias e o culto de Wilde, Nietzsche, Tolstói, Ibsen, Eça de Queirós e Anatole France; a mania de referir-se à Grécia Antiga e a paixão por Paris. Nada do “1900”, fase de remodelação do Rio de Janeiro, escapa à investigação do autor: das transformações urbanas do “bota-abaixo” à influência da imprensa na legitimação literária, das interseções entre política e literatura às idiossincrasias dos escritores. Nestas páginas, vemos esse “Dom Quixote das letras” restituir vida aos escritores — os lembrados e os esquecidos — de uma das épocas de maior brilho da literatura brasileira.
Pela Ecclesiae, Homem, mulher, outro? Guia católico para compreender o gênero, de Jason Evert.
Fundamentado nas Escrituras e ensinamentos da Igreja, Everet oferece uma visão católica sobre a identidade de gênero, sexo biológico e dignidade humana.
O autor destaca a importância de uma abordagem pastoral compassiva, incentivando os católicos a responderem as questões de gênero com amor e respeito, reconhecendo a dignidade de cada pessoa.
Também são oferecidas orientações práticas aos católicos que desejam apoiar aqueles que lidam com disforia de gênero e promover um diálogo respeitoso e informado.
Pela Edições Livre, Animal farm – a fairy story, de Geroge Orwell.
Clássico já publicado em português pela Sétimo Selo, esta alegoria satírica do terror stalinista, em sua versão original é um importante volume para quem esteja querendo aprender língua inglesa por meio de leituras literárias.
Uma excelente novidade da João e Maria, do consagrado escritor Fábio Gonçalves, inaugurando a Coleção Vesper – voltada para o público juvenil –, é João Ramalho: a linhagem do herói.
Este é o primeiro volume de uma série que apresenta as aventuras do herói João Ramalho Segundo, seus antepassados e seus motivos para embarcar em uma grande jornada pelos mares. Usando história e aventura sem perder o vigor literário, este é o início de uma grande saga que busca resgatar ao jovem contemporâneo a capacidade de maravilhar-se.
Confira um trecho do livro: