Destaque para obra bombástica que estava esgotada no Brasil
Entre os destaques desta edição da Muralha, uma obra que escancara o ridículo, as loucuras e sobretudo a crueldade de alguns movimentos alimentados pela mentalidade revolucionária da chamada nova esquerda. E como arma contra a rebeldia revolucionária em cada um de nós, um clássico da espiritualidade católica sobre a conformidade com a vontade de Deus.
Ainda: um importante ensaio sobre aquele que é considerado o maior romance de todos os tempos; um estudo detalhado a respeito dos julgamentos que geraram um dos maiores genocídios do século XX; a jornada de um homem para tentar entender as questões de gênero; um guia para quem quer entender o mínimo sobre investimentos; e duas excelentes obras para os pequeninos.
Acompanhe os lançamentos a seguir, e um excelente final de semana!
Destaques
O primeiro destaque é um lançamento da Vide: O livro negro da nova esquerda, de Augistín Laje e Nicolás Márquez.
Desde que foi lançado em 2016, já vendeu mais de 50 mil cópias na América Latina, e no Brasil, desde que recebeu sua primeira edição em 2018, pela Danúbio, alcançou igual fama e logo passou a figurar entre os livros mais buscados no segmento de ciência política, posto que sustentou durante anos. Agora, nesta nova edição, a impressionante pesquisa de Nicolás Márquez e Agustín Laje sobre as falsas premissas e inconsistências metodológicas por trás do que conhecemos como “nova esquerda” ganha nova tradução, nova capa e novo fôlego editorial.
A obra constitui o primeiro livro publicado na Argentina, com ataques contundentes e questionamentos mais que consistentes a todos e cada um dos “dogmas” da revolução progressista que tem devastado o Ocidente, com as pautas do “indigenismo”, do “ecologismo”, dos “direitos humanos”, do “garantismo penal”, da “ideologia de gênero”, do “abortismo”, do “homossexualismo ideológico” e do “feminismo radical”, e que tem procurado destruir a cultura atual para, sobre seus escombros, construir um “paraíso” que, na verdade, já se revela um verdadeiro inferno na terra e uma grave ameaça à humanidade.
Leia a seguir um trecho do capítulo “A confederação filicida”:
“Então, o que é esse passatempo progressista que consiste em especular com as semanas do almanaque como quem joga ‘Batalha Naval’ para ver se matamos o bebê nesta terça-feira ou o matamos na próxima semana? O bebê ainda não nascido tem mais dignidade de acordo com a idade gestacional? Podemos salvá-lo duas horas depois do prazo ‘aprovado’ pela vanguarda solidária, mas não duas horas antes do prazo dado pelo socialista benevolente?”
O outro destaque é um lançamento da Edições Livre, o Tratado da conformidade com a vontade de Deus, de Santo Afonso Maria de Ligório.
Clássico da espiritualidade católica, a obra aborda a importância de alinhar a própria vontade à de Deus, visto como o caminho para alcançar a paz interior e a santidade. O livro é um guia espiritual que ensina como aceitar e abraçar a vontade divina em todas as circunstâncias da vida, sejam elas agradáveis ou difíceis.
O livro é dividido em capítulos que exploram diferentes aspectos da conformidade com a vontade de Deus, oferecendo conselhos práticos e reflexões espirituais. Santo Afonso utiliza exemplos da vida dos santos e da Sagrada Escritura para ilustrar seus pontos e inspirar os leitores a seguirem o mesmo caminho.
Leia abaixo um trecho do livro:
“Toda nossa perfeição consiste em amar ao nosso amabilíssimo Deus. ‘A caridade é o vínculo da perfeição’ (Cl 3, 14).
E toda a perfeição do amor de Deus consiste em unir a nossa vontade com a sua santíssima vontade. ‘O principal efeito do amor’, diz São Dionísio (De Div. Nom., c. 4), ‘é unir a vontade daqueles que se amam, de maneira que se torne uma e a mesma vontade. Por conseguinte, quanto mais uma pessoa está unida com a vontade divina, maior será o seu amor. Penitências, meditações, comunhões e obras de caridade, praticadas para com o nosso próximo, são de certo agradáveis a Deus, mas quando? Quando essas obras são feitas em conformidade com a Sua vontade”.
Outros lançamentos
Pela Sétimo Selo, A vida de Dom Quixote e Sancho, de Miguel de Unamuno.
Unamuno foi um dos mais importantes intelectuais espanhóis do século XX. Sua obra, marcada por genialidade e profunda sensibilidade, continua a nos inspirar e desafiar a refletir sobre os grandes dilemas.
Vida de Dom Quixote e Sancho é um de seus mais importantes trabalhos. O livro se destaca por sua profundidade e riqueza, que combina erudição literária com introspecção filosófica, oferecendo uma nova perspectiva sobre os icônicos personagens de Cervantes e sobre a própria natureza da existência humana.
Neste livro, o autor não pretende investigar o que o melhor romance de todos os tempos pode ter significado em sua época e no contexto em que foi produzido, e o que Cervantes quis com ele expressar e expressou. A ele não interessa a literatura, mas o fluxo intenso e incessante de vida que brota dessa obra. E, para tanto, serviria um livro paradoxal e único em seu gênero: a exegese livre e pessoal do Quixote, em que Unamuno, mais quixotista que cervantista, busca ousadamente compreender Dom Quixote e Sancho melhor do que o próprio Cervantes, que os criou — ou melhor, os tirou das entranhas espirituais de seu povo. Nela, tanto o leitor de primeira viagem quanto o mais versado encontrará um remédio para nunca mais ler a escritura cervantina como peça morta e relativizada, mas como sendo inspirada e fonte de vida.
Pela O Mínimo, O mínimo sobre investimentos, de Raquel Zucchi Silveira.
Este livro é para aquelas pessoas que, quando pensam em investimento, não sabem nem por onde começar. É também para quem já tentou começar, mas desistiu no meio do caminho. Afinal, no imaginário popular esse tema representa um território complexo e inacessível, reservado a uma elite que possui recursos e conhecimento acima da média.
Mas Raquel Zucchi Silveira prova, nesta obra, que essa percepção está muito longe de representar a realidade. A verdade é que saber o mínimo sobre investimentos possibilita não apenas que aprendamos como fazer nosso dinheiro trabalhar por nós, mas também evita o pior: que ele se torne um obstáculo em nosso caminho.
Pela Avis Rara, Os tribunais de Stalin, de Nicholas Werth.
Neste livro, o historiador francês e especialista em história soviética reconstrói, juntamente com a turbulenta história dos grandes processos públicos dos Julgamentos de Moscou, na década de 1930, a origem e a dinâmica do Grande Expurgo, período em que a extrema repressão stalinista provocou, segundo estimativa de historiadores, entre 680.000 e 1.200.000 mortes.
Pela LVM, O que é uma mulher? A jornada de um homem para entender a questão de gênero, de Matt Walsh.
Lançado em 2022, o livro é, ao mesmo tempo, uma extensão do documentário homônimo de Walsh, no qual ele explora as complexidades e controvérsias em torno da ideologia de gênero, mas também uma exploração intelectual mais detida dessa ideia que ganhou os principais países do Ocidente. No livro, Walsh aborda a questão fundamental e embaraçosa para essa ideologia: “O que é uma mulher?”, e a partir de uma perspectiva analítica de um pesquisador, questiona as definições modernas de gênero e sexo. Walsh argumenta que a resposta a essa pergunta é fundamental para a compreensão de questões sociais, culturais e políticas atuais, bem como para desvendar o que está por de trás do progressismo e sua ânsia no controle das demandas sexuais e psicológicas dos indivíduos. Utilizando uma combinação de entrevistas, anedotas pessoais e análises críticas, Walsh desafia a aceitação generalizada das teorias de gênero contemporâneas num texto muito bem fundamentado e, ao mesmo tempo, com uma linguagem leve e acessível ao grande público. O autor, por fim, consegue trazer uma crítica profunda, acessível e avassaladora à ideologia de gênero, não à toa figurou meses entre os best-sellers literários nos Estados Unidos.
Pela Livros Vivos, Férias no Pontal, do renomado zoólogo e biólogo brasileiro Rodolpho von Ihering, considerado o pai da piscicultura no Brasil.
Sugerido para crianças a partir dos 6 anos, o livro apresenta uma história dos meninos Antônio e Guilherme – aliás Tonico e Lulu –, que passam férias na fazenda do pai Honório, e lá vivem uma verdadeira aventura, descobrindo toda sorte de animais e plantas brasileiras. Um livro vivo que inspira o amor à natureza e a compreensão de suas maravilhas.
E pelo Centro Dom Bosco, outra novidade para os pequenos: Bíblia de uma avó: o Evangelho, da Condessa se Ségur.
Nesta obra, vemos um grupo de netinhos, de diferentes idades, reunidos em torno da avozinha para ouvir, ansiosos, a narrativa da vida de Nosso Senhor, desde a Anunciação até a sua Paixão e morte na cruz. Dos vários acontecimentos que envolvem nossa Redenção, a narradora consegue tirar exemplos práticos e valores morais que devem fundamentar a vida de todo cristão, a partir da mais tenra idade. Faz-se pequenina entre os pequeninos, a fim de, na linguagem deles, elucidar até mesmo os mistérios que confundem os grandes. Assim, ao longo da história, a surpresa e as dúvidas iniciais aos poucos cedem lugar a uma fé esclarecida em Nosso Senhor, de maneira que toda a família poderá aproveitar as belas páginas escritas pela autora.