LEIA NESTA EDIÇÃO丨22

Bruna Torlay
Bruna Torlay
Estudiosa de filosofia e escritora, frequenta menos o noticiário que as obras de Platão.

Desde que o pensamento conservador deixou de ser tabu, a busca por compreender seus pilares tem sido permanente entre ativistas, professores, escritores e o público sedento por informação relevante, de preferência sem o surrado viés esquerdista que, sozinho, dominava o horizonte até outro dia. Um ponto crucial desta pesquisa é compreender o nexo entre ordem do mundo e respeito à dignidade do próximo, sem o qual a civilização ocidental não teria vingado. É disso, da cosmovisão judaico-cristã, que vamos falar na edição de julho da Revista Esmeril.

Vida e Legado expõe as conversões paralelas de dois ícones da difusão do espírito cristão, ambos com testemunhos, a um só tempo, similares e marcantes: é com Paulo de Tarso e Agostinho de Hipona que abrimos a conversa.

Sem clareza conceitual todo raciocínio se perde, e por isso o convidado Especial é padre José Eduardo, que discorre brilhantemente, em entrevista a Ronaldo Mota, sobre o nexo entre cosmovisão cristã e fundação do que entendemos por civilização do ocidente.

Sobre que tem o cristianismo a ver com as demais religiões é um ponto da coluna Conversar é pensar junto, seguida de outro diálogo, desta vez sobre o sentido da Igreja liberta da política, isto segundo Daniel Batista, fundador do projeto Igreja sem política e nosso entrevistado para a seção Política e Sociedade.

Os aficionados por humor e história militar ganham, nesta edição, um presente sob medida em Governança e Estratégia: é das Cruzadas, e toda espécie de confusão difundida a seu respeito, que se fala ali.

Mídia e Poder traz um pontual ensaio sobre a cumplicidade entre imprensa — ou certa ala política ali predominante — e o silenciamento da perseguição aos cristãos. E na balança oposta, a vigorosa editora Ecclesiae, há uma década semeando luminosidade e colhendo triunfos, é o tema de Perfil.

Alta Cultura, ponto alto da edição para os leitores de Tomás de Aquino, apresenta a noção de homem tal qual o santo a definiu.

Descendo a escada para um café, Território do riso explora a fantástica sintonia dos judeus com o gênio do humor, enquanto Ensaio compara a moralidade inerente às Escrituras a freios e contrapesos sem os quais a civilização desmorona.

Sétima arte faz dez indicações de filmes, uns reverentes e outros depreciativos, com o intuito de mostrar como, por bem ou por mal, os valores judaico-cristãos estão por toda parte, na alegria e na tristeza. E não podíamos deixar de produzir um registro sobre o Museu de Arte Sacra de São Paulo, afinal, por aqui A Beleza importa.

A estima pela Escritura do velho imperador brasileiro D. Pedro segundo era proporcional ao seu domínio do hebraico, conforme se descobre em Patrimônio e Memória.

Uma indicação literária pra quem gosta de rir comparece à seção Humor, homenagem a um dos maiores comediantes dos últimos tempos, e obcecado por trabalho a ponto de ter passado a vida colecionando toda piada que lhe ocorria em folhas de um bloco amarelo.

Viver Bem investiga que pratos poderiam ter composto a última ceia de Cristo, montando para você, leitor, o retrato gastronômico da mesa mais retratada pelos pintores renascentistas.

A “lei de Sancho”, aplicação do princípio cristão por excelência, a caritas, ao futebol, é revelada por seu criador Na marca da Cal, e a Crônica do mês relata num episódio da infância comum a muita gente o limite entre coragem e amor ao próximo. Por outro lado, é sobre a face da coragem que se fala em Crônica.

A já tradicional trilha sonora da edição te aguarda na seção Palco, agregando coros litúrgicos a clássicos do Soul, imitando a amplitude da fé nesse registro complexo e repleto de teias chamado cultura.

Depois de todos esses passeios, fica fácil captar a cor uniforme desse campo de trigo permanente sobre o qual caminha a civilização. Boa leitura a todos e até o mês que vem.

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