HOJE NA HISTÓRIA | Desastre nuclear de Chernobyl

Vitor Marcolin
Vitor Marcolin
Ganhador do Prêmio de Incentivo à Publicação Literária -- Antologia 200 Anos de Independência (2022). Nesta coluna, caro leitor, você encontrará contos, crônicas, resenhas e ensaios sobre as minhas leituras da vida e de alguns livros. Escrevo sobre literatura, crítica literária, história e filosofia. Decidi, a fim de me diferenciar das outras colunas que pululam pelos rincões da Internet, ser sincero a ponto de escrever com o coração na mão. Acredito que a responsabilidade do Eu Substancial diante de Deus seja o norte do escritor sincero. Fiz desta realidade uma meta de vida. Convido-o a me acompanhar, sigamos juntos.

O acidente, fruto da irresponsabilidade e arrogância das autoridades locais, é considerado o maior da História

Em março de 2011, a Central Nuclear de Fukushima I, no Japão, sofreu um colapso. Três dos seis reatores nucleares derreteram depois que a usina foi atingida por um tsunami provocado por um terremoto. Este foi o maior acidente nuclear desde o dia 26 de abril de 1986 quando, nos arredores da cidade de Pripiat, localizada ao norte da então Ucrânia Soviética, ocorreu o maior desastre nuclear da História: Chernobyl.

Diferentemente dos japoneses que lutaram contra as forças da natureza, os soviéticos provocaram, pela sua arrogância e irresponsabilidade, a explosão de Chernobyl. Até hoje a quantidade de pessoas mortas em função da radiação é incerta, mas o número é estimado em 30 mil. Os que foram envenenados gravemente e desenvolveram algum tipo de doença pela exposição à radiação, como câncer e problemas na glândula tireoide, somaram cerca de 70 mil.

Usina nuclear de Chernobyl logo após as explosões, em 1986/Reprodução

Não só. As doses de radiação que penetraram no solo e atingiram os lençóis freáticos e os leitos dos rios impediram, sob risco de morte, a aproximação das pessoas em um raio de cerca de 30 Km em torno de Chernobyl. Os cientistas calcularam que levará cerca de 150 anos até que os níveis de radiação no local sejam normalizados. O contingente de pessoas obrigadas à realocação permanente chegou ao número impressionante de 150 mil.

À época de sua construção, em 1977, Chernobyl era uma das maiores usinas nucleares para produção de eletricidade do mundo. Isto até o dia em que os operários, a mando dos seus arrogantes superiores, iniciaram testes que levaram os reatores ao limite e, fatalmente, ao colapso. Os alarmes e o sistema de refrigeração foram desligados; mesmo quando os sinais de superaquecimento tornaram-se evidentes, os testes prosseguiram. No início da madrugada, a primeira de uma série de explosões sacudiu os reatores nucleares. Um total de três explosões acabou por detonar mil toneladas de aço pelos ares de Chernobyl.


Com informações do portal Hoje na História.


“Muitos são orgulhosos por causa daquilo que sabem; face ao que não sabem, são arrogantes”.

Johann Wolfgang von Goethe (1749 – 1832) escritor, cientista e filósofo alemão.

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