ENTREVISTA | Um danubiano no Jabuti

Leônidas Pellegrini
Leônidas Pellegrini
Professor, escritor e revisor.

Escritor e editor da Danúbio falam sobre indicação inédita ao Prêmio Jabuti

Semana passada recebemos com surpresa e alegria a notícia de que Milton Gustavo, autor que estreou pela Editora Danúbio com O Deus oculto no canto do corner, está entre os semifinalistas do Prêmio Jabuti 2024, na categoria “Romance de Entretenimento”.

Esta é a primeira indicação de um danubiano ao maior prêmio literário do Brasil, e, portanto, não poderíamos deixar de entrevistar Milton, assim como Diogo Fontana (editor da Danúbio) para falarem sobre essa grata novidade. Acompanhem a breve entrevista a seguir!


Revista Esmeril: Na semana passada recebemos a notícia de que o romance O Deus oculto no canto do corner estava entre os semifinalistas do Jabuti 2024. Como foi receber essa notícia?

Milton: Fiquei realmente estupefato. Tenho sido imensamente sortudo em minha recente, mas convicta, carreira de escritor. Inicialmente eu tinha dúvidas se conseguiria uma editora para meu livro, que foi aceito na primeira porta em que bati (em uma editora que eu acompanhava com prazer e interesse). Depois, achei que ninguém o leria, e fui surpreendido tanto pela boa repercussão entre amigos e familiares quanto pelas boas vendas na plataforma Kindle. Por fim, a honra chegar à semifinal do prêmio mais prestigiado e tradicional da literatura brasileira… Como digo: tenho muito mais sorte que juízo.

Revista Esmeril: Quais foram as repercussões geradas até agora após esse anúncio do Jabuti?

Milton: Tenho recebido inúmeras mensagens de apoio (e algumas de curiosidade) e até convites para entrevistas. Algumas pessoas expressaram publicamente a alegria pelas “surpresas” na lista dos semifinalistas algumas citando nominalmente meu livro. Descobri com essas coisas todas que público literário brasileiro está mais vivo do que podia parecer.

Revista Esmeril: O livro foi enquadrado na categoria “Romance de Entretenimento”, o que gerou críticas por parte de alguns leitores. Pedro Sette Câmara, por exemplo, lamentou a própria criação dessa categoria, como se ela fosse, em suas palavras, “uma contraposição a uma literatura de tédio, uma literatura chata”. Como você avalia essa classificação e o enquadramento de O Deus oculto no canto do corner nela?

Milton: Eu entendo os motivos da organização do prêmio; os romances atualmente estão cada vez mais xaropes. Há uma tendência em achar que literatura de qualidade tem que ser séria, psicológica e entediante. A única correção que faria seria a seguinte: transformaria a categoria “Romance de entretenimento” em simplesmente “Romance” e criaria, para os demais, a categoria “Romance de entediamento”.

Revista Esmeril: Diogo, você já faz planos para uma eventual premiação do livro? Imagina quais serão serão os frutos para a Danúbio?

Diogo Fontana: No caso de o romance do Milton ser premiado, ou mesmo se constar entre os finalistas, talvez convenha fazer mais promoções e estabelecer uma ampla divulgação em nossos canais de comunicação. Existe, inclusive, a possibilidade de eu contratar uma assessoria de imprensa profissional, para que essa notícia ganhe melhor difusão. Mas, por enquanto, estou bastante curioso para ver o que vai acontecer.


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