DOSE DE FÉ | São Crispim e São Crispiano

Leônidas Pellegrini
Leônidas Pellegrini
Professor, escritor e revisor.

Padroeiros dos sapateiros, os irmãos São Crispim e São Crispiano constam na extensa lista de mártires assassinados sob Diocleciano

Hoje é dia de São Crispim e São Crispiano, mártires.

Crispim e Crispiano foram dois irmãos romanos que viveram no século III. Quando adolescentes, converteram-se ao cristianismo. Eles eram sapateiros muito populares e queridos em Roma, mas quando as perseguições anticristãs se intensificaram naquele século, precisaram fugir para a região da Gália (atual França).

Durante sua fuga, os dois bateram em várias portas procurando abrigo, mas ninguém os atendia. Enfim, uma pobre viúva que vivia com seu filho pequeno os abrigou. Agradecidos, ele fizeram um par de sapatos para o menino, e o deixaram na lareira da viúva. Enquanto iam embora, antes que a viúva e o filho acordassem, rezaram para que Nosso Senhor recompensasse a caridade da mulher. Quando acordou, ela descobriu os sapatos na lareira, não como os dois irmãos os haviam deixado, mas cheios de moedas de ouro.

Crispim e Crispiano estabeleceram-se em Soissons, onde trabalharam como sapateiros durante a noite, e missionários durante o dia, pregando a Palavra de Deus. Quando as perseguições anticristãs chegaram à Gália, foram ambos presos e condenados à morte por decapitação. Devido à sua profissão, são considerados os Padroeiros dos sapateiros.

São Crispim e São Crispiano, rogai por nós!

 

O milagre dos sapatinhos

Quando os irmãos Crispim e Crispiano
fugiam do cruel Diocleciano,

a muitos imploraram por abrigo,
porém não houve quem lhes fosse amigo.

Fatigados, no meio do caminho
depararam-se com um menininho,

muito pobre, trazendo os pés descalços,
e que se apiedou de seus percalços.

À sua mãe levou-os o menino,
e ela os tratou com zelo genuíno,

dando-lhes água, pouso, boa comida
e uma noite de sono bem dormida.

Antes do sol raiar, agradecidos,
os irmãos, em labuta reunidos,

um bom par de sapatos fabricaram
ao pequeno, e na chaminé o deixaram.

Ao seguirem viagem, logo cedo,
partindo os benfeitores em segredo,

a Jesus elevaram uma prece
pra que à boa mulher e ao filho houvesse

alguma justa retribuição.
Jesus os escutou de pronto, e então,

quando a boa viúva despertou,
cheios de ouro os sapatos encontrou.

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