Cofundadora das Madres Oblatas de São Francisco de Sales, Santa Leônia Francisca de Sales Aviat trabalhou na boa formação de honradas jovens católicas desde camponesas e operárias até as filhas das mais ricas famílias da França
Hoje é dia de Santa Leônia Francisca de Sales Aviat, religiosa.
Nascida em Sézanne, na França, em 1844, Leônia era filha de honestos comerciantes católicos. Quando ela completou 10 anos, foi enviada para estudar no Colégio das Irmãs da Visitação na cidade de Troyes, onde permaneceu por 6 anos.
Em 1866, Leônia recusou uma proposta de casamento e comunicou a seus pais sua resolução de dedicar a vida apenas e Nosso Senhor. Eles a enviaram de volta a Troyes, para se aconselhar com seu antigo orientador espiritual, Padre Brisson. Justamente por aquele tempo, Brisson estava tendo dificuldades em fazer funcionar bem a Obra São Francisco de Sales, que constava de uma casa que forneceria assistência e educação cristã para uma multidão de jovens que estavam mudando do campo para Troyes, que havia se tornado um polo da indústria têxtil. Vendo das revelações e anseios da jovem Leônia um sinal da Providência, Brisson colocou-a na direção da Obra.
Em 1868, Padre Brisson fundou uma Congregação para melhor organizar a Obra, que crescia sob a direção de Leônia. Assim, nasceram as Madres Oblatas de São Francisco de Sales, que tiveram como cofundadoras as Irmãs Lúcia Cannet e Leônia Francisca de Sales Aviat (nome que nossa santa de hoje adotou a partir de então). As oblatas trabalharam junto às jovens operárias fornecendo-lhes assistência material e sobretudo formação religiosa sólida em diversas escolas paroquiais fundadas pelas Irmãs. Muitas dessas operárias, inclusive, acabaram abraçando a vida religiosa e juntando-se às Oblatas.
Após estabilizado o funcionamento da Casa Mães da Congregação, Madre Leônia partiu para Paris, onde permaneceu por 8 anos à frente de um pensionato para as jovens da alta sociedade. Dirigiu a formação católica daquelas moças com o mesmo zelo que demonstrara entre as operárias de Troyes.
De Paris, Madre Leônia voltou à Casa Mãe em Troyes, de onde torunou-se Superiora. A Congregação cresceu e prosperou, e as Oblatas foram enviadas para a Namíbia, África do Sul, Equador, Suíça, Áustria, Inglaterra e Itália, onde fundaram pensionatos, escolas e obras assistenciais.
Em 1903, o governo anticristão de Émile Combes decretou dissolução de todas as Congregações religiosas da França e apoderou-se de todos os bens das Ordens. Milhares de religiosos, da noite para o dia, ficaram desabrigados, e precisaram refugar-se em outros países. Madre Leônia e as Oblatas (que naquele momento já contavam com 23 Casas espalhadas pelo país) refugiaram-se em Perúgia, na Itália, onde já funcionava uma Casa das Oblatas desde 1896.
Madre Leônia jamais atuaria novamente na França como Irmã Oblata. Na única vez em que voltou para o país, em 1908, para o funeral do Padre Brisson, foi obrigada a trajar-se como civil. Mas ela ainda trabalhou com energia e entusiasmo em Perúgia por muito tempo. Em 1913, adoeceu e contraiu uma broncopneumonia, que a levou no dia 10 de janeiro de 1914.
São muitos os milagres de Santa Leônia Francisca de Sales Aviat, sobretudo de cura. Eles começaram quando ela ainda era viva. O processos que a levaram à canonização começaram na década de 30, quando seus escritos espirituais foram analisados e aprovados pela Santa Sé. Em 1978, São João Paulo II declarou-a Venerável. Depois, o Pontífice beatificou-a em 1992, e canonizou-a em 2001.
Santa Leônia Francisca de Sales Aviat, rogai por nós!
A Santa Leônia Francisca de Sales Aviat
Na França pós-Revolução nasceu
Leônia Aviat, menina que escolheu
viver com Cristo em plena comunhão,
e conseguiu dos pais a permissão
para seguir o rumo religioso.
Associou-se a um padre piedoso,
que a colocou à frente de uma obra
pra qual havia ocupação de sobra.
Assim, surgiram as Irmãs Oblatas,
que se fizeram mestras e didatas
de operárias, domésticas e damas,
na França e mundo afora. Um dia, as tramas
anticristãs da França as expulsaram,
e pelo mundo as Madres se espalharam.
Leônia para a Itália se mudou,
onde seu apostolado continuou
com a mesma energia e piedade,
até que, já aos setenta anos de idade,
sofrendo de uma atroz pneumonia,
rezou seu derradeiro Ave Maria,
fechou os olhos, suspirou, dormiu,
e rumo ao Céu logo depois seguiu.
É muito enriquecedor, esses relatos das biografias desses santos que você publica, além de nós trazer conhecimento histórico tbm nos ajuda a renovar nossa fé.
Que Deus te abençoe sempre
Amém e muito obrigado, Elcio! Que Deus te abençoe também!