Muitos podem não saber, mas agosto é um mês mariano. Nele, celebram-se no dia 15 (hoje) a Assunção de Nossa Senhora aos Céus e, uma semana depois, no dia 22, sua Coroação como Rainha do Universo (popularmente comemorada em 31 de maio).
A Assunção de Nossa Senhora foi a elevação da Vigem Maria, de corpo e alma, ao Céu, após Seu tempo na Terra. Trata-se de um dogma eclesial oficializado pelo Venerável Pio XII na Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, publicada em 1º de novembro de 1950, em que o Pontífice afirma e reforça que “Pela autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e em nossa própria autoridade, pronunciamos, declaramos e definimos como sendo um dogma revelado por Deus: que a Imaculada Mãe de Deus , a sempre Virgem Maria, tendo completado o curso de sua vida terrena, foi assumida, corpo e alma, na glória celeste”.
E porque Maria subiu ao Céu sem ter morrido (pois a corrupção corporal, por mínima que fosse, seria contrária à Sua pureza), o evento também é conhecido como a Dormição de Maria, pois que Ela adormeceu para acordar já na Vida Eterna, para onde foi carregada por um séquito de Anjos.
Embora o dogma seja recente, os relatos da Assunção de Maria constam em diversos apócrifos já do século IV, e já era celebrada pela Igreja no início do século V. Trata-se de um evento real, que, transformado em Verdade de Fé, foi defendido por historiadores e teólogos como São Dionísio, o Areopagita, São Gregório de Tours e São João Damasceno, São Bernardino de Siena, Santo Antônio de Pádua, São Boaventura, Santo Afonso Maria de Ligório, São Roberto Belarmino, entre outros. Uma verdade aprovada pelo Papa Sérgio I em 687 e comprovada pelo Papa Leão VI. Ou seja, não se trata de mitologia, invencionice, crendice, simbologia ou parábola, como muitos querem fazer crer. Não. A Mãe de Nosso Senhor de fato subiu de corpo e alma aos Céus, e esta é, acima de tudo, uma verdade histórica.
Celebrar a Assunção de Maria é mais uma ocasião para relembrar Sua pureza e Sua grandeza junto a Deus e diante do universo. Ela é a Virgem cheia de Graça que engrandece o Senhor (cf. Lc 1, 46 – 55) para então ser por Ele engrandecida ao fim de Sua missão terrena. Por isso, também, significa lembrar que no Céu há um lugar para nossa alma e também para nosso corpo, que lá terá sua natureza gloriosa. À imitação de nossa Santa Mãe, portanto, louvemos, engrandeçamos e glorifiquemos Deus com nossa alma e nosso corpo, pois um dia, na Glória Eterna, seremos engrandecidos por Ele.
Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós!
A Assunção
Ao final de sua lida,
por mil anjos rodeada,
sobre os ares reclinada,
eis Maria adormecida,
e, dormindo, conduzida
vai sendo na direção
dos altos Céus, onde então
despertam-Lhe as magistrais
melodias celestiais
que Lhe festejam a Assunção.