Taxa Selic em redução: o que muda na forma de investir seu dinheiro?
A taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), em que são liquidadas todas as operações com títulos públicos federais do Brasil, teve uma queda histórica no segundo semestre de 2019. Como ela é a taxa de referência nas negociações de títulos, funcionando também como ponto de equilíbrio para as movimentações financeiras, sua redução acaba impactando positivamente a economia.
Apesar disso, juros baixos significam menos rentabilidade nos investimentos de renda fixa, popularmente conhecidos como Poupança, CDB, Tesouro Direto, LCI e LCA, Letra de Câmbio e CRI/CRA. Como reitera o ministro da economia Paulo Guedes:
“O Brasil deixará de ser o paraíso do rentista e o inferno de os empreendedores”.
Portanto, o rentista brasileiro acostumado a investir na renda fixa terá de aprender, a exemplo dos americanos, a buscar maior rentabilidade. Isso implica correr riscos maiores.
As formas de investir mudam sempre. Vemos analistas ora aconselhando se investir em imóveis, ora em renda fixa. Importa saber que, se a economia é dinâmica, também o são as formas de rentabilidade do capital. No caso brasileiro, isto é mais evidente. Vide os diversos planos econômicos experimentados por aqui, os quais costumaram falhar, gerando juros altos, desemprego, desinvestimentos e hiperinflação.
O cenário dos próximos anos é um governo austero, preocupado com o crescimento econômico e a geração de renda. Após dez meses de governo, a economia dá sinais positivos. Com isso, já se nota a migração do fluxo de capital para a renda variável, como por exemplo o mercado de valores mobiliários negociados em nossa bolsa de valores― antiga Bovespa, hoje B3.
Culinária de guerra.
Em época de guerra, falta tudo. Ciclos produtivos são quebrados e desabastecimentos se tornam rotina. Em momentos de crise, contudo, a criatividade desponta. Em culinária, não é diferente. Muitos pratos típicos, quando não verdadeiras gororobas, surgem durante a guerra.
Pode-se dizer que a culinária mato-grossense e pantaneira ganham identidade com a guerra do Paraguai, entre as décadas de 60 e 70 do século XIX. Ao faltar comida trazida de fora, criou-se pratos com os ingredientes locais. O arroz plantado às margens do rio Cuiabá é então combinado com carne seca bovina ou galinha caipira. Nascem as receitas Maria Izabel (arroz com carne seca) e Galinhada (arroz com galinha).
Maria Izabel
Ingredientes:
- 1 xícara de arroz
- ½ kg de carne seca desfiada
- 2 dentes de alho
- 1 cebola média picadinha
- Banha de porco e água o suficiente
- Salsa e cebolinha picada
Modo de preparo:
Em uma panela, frite a cebola na banha até dourar. Depois, junte o alho e a carne e deixe fritar. Em seguida, coloque o arroz e refogue por 10 minutos, mexendo sempre. Adicione água fervente até cobrir o arroz. Se preciso, corrija o sal. Deixe cozinhar até o arroz ficar “al dente”.

Galinhada
Ingredientes:
- 2 colheres (sopa) de banha de porco
- 1 kg de frango cortado em pedaço
- ½ colher (sopa) de açafrão da terra (cúrcuma)
- ½ xícaras de arroz
- 1 pimentão vermelho médio picado
- 1 pimentão verde médio picado
- 1 lata de milho verde
- Salsinha picada
Modo de preparo:
Em uma panela aquecida, coloque a banha em fogo médio e doure o frango. Em seguida, acrescente dois litros de água fervente e o açafrão da terra. Cozinhe por 20 minutos. Adicione o arroz, o pimentão e o milho, abaixe o fogo e cozinhe, mexendo de vez em quando, até o arroz estar cozido e ter absolvido todo o líquido. Junte o cheiro verde, misture bem e sirva em seguida.

Saúde
Alguns benefícios desses alimentos
Estudos científicos demostram que é mais saudável trocar os óleos vegetais (exceto o óleo de coco) por gordura animal, como os derivados da banha de porco e a manteiga. A galinha e a carne são fontes de proteína e ricos em vitaminas do complexo B, fundamental para o organismo.
O alho e a cebola, além de conter selênio e vitamina C, são importantes antioxidantes. Também, combatem infecções bacterianas, viróticas e fúngicas. A salsinha é muito eficiente na limpeza dos rins. Já o açafrão da terra é considerado um super alimento, sobretudo combinado à pimenta, adição que potencializa os seus efeitos antiflamatórios.
E o arroz? É rico em vitaminas A, B1, B2, B3, B6 e E, as quais contribuem para a formação de glóbulos vermelhos e estimulam a regeneração celular. No entanto, o consumo de arroz deve ser reduzido tanto por quem procura emagrecer, quanto por quem sofre de doenças do pâncreas, como a diabetes. Isto porque este cereal, sobretudo refinado, é rico em amido (tipo de carboidrato), o que eleva o índice glicêmico no organismo.