“O Exterminador do Futuro“
Os avanços recentes nas inteligências artificiais têm exacerbado sentimentos e opiniões. Porém, não há nada novo. Ao menos, isso ajuda a iluminar a verdadeira questão…
Num grupo de Zap, recebo a seguinte notícia: Criador do ChatGPT teme que a humanidade seja destruída por uma inteligência artificial avançada. O título fala por si.
Nada de novo no mundo da ficção-científica. Esse medo é antigo.
A matéria traz à tona o que chamo de “temor tecnocrata”. Tal temor é igualzinho ao “sonho tecnocrata”. A raiz de ambos é a mesma.
A diferença entre o temor e o sonho é que nesse tudo é perfeito; naquele dá tudo errado. Porém, em ambos, a humanidade é governada por I.A. (Inteligência Artificial).
Contudo, te afirmo: fica seguro. Ambos são impossíveis. Não ocorrerá nenhum dos dois. Ao menos, não na dimensão que os tecnocratas imaginam.
“Mas, então, se são ilusão, por que esse medo e esse sonho?”
Caro leitor, obrigado pela pergunta.
Nós passamos os últimos séculos querendo ser iguais a máquinas. Só que, em ser máquina, as máquinas são melhores que nós.
Com avanço da tecnologia, estamos percebendo isso cada vez mais. Alguns vêem nisso a panacéia; outros, o inferno. Ambos estão errados.
No fundo, em essência, nada mudou. Nisso, o nosso tempo não é diferente daquele de quem viveu noutras épocas.
O desafio de hoje segue o mesmo de outrora: sermos mais humanos.
Temos que abandonar essa inclinação a sermos máquinas. Só que ser humano é mais difícil que ser máquina. Esse é o verdadeiro dilema.
Claro, ainda há outro problema que não mencionei.
A principal reação à tentativa de nos tornarmos máquina tem sido querer transformar-nos em qualquer coisa. Nesse caso, o remédio é igual ou até pior que a doença.
Mutatis mutandis, a solução para esse problema é idêntica à outra [ao menos isso!]: recuperar a humanidade perdida.
Nesse ponto, ser liberal ou conservador, ser de Direita ou de Esquerda, isso pouco importa. O que interessa mesmo é o objetivo. Se for comum, o meio se ajeita.
Afinal, ser humano é justamente descobrir o que é ser humano.
Correta a visão do assunto. A tecnologia sempre evoluirá mas não irá calar as perguntad: Quem sou? De onde venho? Para onde irei?
Obrigado, Rubens. É por aí. Inclusive no plural (Quem somos? De onde viemos? Para onde iremos?); além das questões sobre o Bom, o Belo, o Justo, e o Verdadeiro.