Educação, ideologias e a crise da inteligência. É sobre isso que trata o grande destaque desta semana. Também, em Comemoração à Semana da Pátria, um clássico da Educação Cívica no Brasil.
Ainda, um o sétimo volume de uma monumental saga urbana da literatura brasileira, e uma obra atemporal que, partindo de estratégias militares, revela-se um guia para a vida.
Acompanhe os lançamentos a seguir, e um excelente final de semana!
Destaques
O grande destaque da semana é um lançamento da Kírion: Conhecimento em crise: as ideologias na educação, de Inger Enkvist.
Quando falamos dos problemas da educação atual, não nos referimos a uma ou outra decisão política equivocada, mas a correntes de pensamento muito influentes. O debate costuma ser um cabo de guerra entre duas posições: o “progressivismo” e o “tradicionalismo”. Essas duas perspectivas têm como base ideias diferentes sobre o ser humano e a sociedade: a escola tradicional almeja transmitir o melhor do conhecimento que temos hoje às novas gerações, para que os jovens não sejam obrigados a partir da estaca zero; os progressistas, pelo contrário, acreditam que o melhor está no futuro e não querem transmitir do passado nada além do necessário. Bem, já faz mais de meio século que as experiências com a tal educação progressista, e os resultados das pesquisas sobre o cérebro humano, apenas reforçam os argumentos dos tradicionalistas. Não obstante, ainda há ideólogos e movimentos que insistem em reforçar essas agendas.
Este livro pretende mostrar os laços estreitos que existem entre a pedagogia, a política e a filosofia. Começaremos explicando os termos “pós-modernismo”, “socioconstrutivismo” e “construtivismo pedagógico”, passando por temas como o igualitarismo, o desenvolvimento sustentável, a teoria de gênero e o multiculturalismo. Depois, faremos uma breve apresentação de alguns dos mais famosos precursores da pedagogia em voga, como Dewey, Vygotski e Piaget.
Aqui se faz, sim, uma crítica pesada ao pós-modernismo no campo da educação, mas também se transmite uma mensagem de esperança, de que as ideias equivocadas podem ser substituídas por outras. Sabemos que é difícil argumentar com os pós-modernistas; a autora, porém, busca provocar, nos construtivistas, pelo menos uma dissonância cognitiva, ou seja, a constatação de que suas crenças são contraditórias.
E por ocasião da Semana da Pátria, destaque também para um lançamento da Livre: Através do Brasil, de Olavo Bilac e Manoel Bonfim.
Escrito em 1910, em 1910, é uma obra educativa destinada ao ensino de geografia e história para alunos do ensino primário no Brasil. O livro foi criado com o propósito de fortalecer o sentimento de patriotismo e nacionalismo entre os jovens, alinhando-se ao contexto pós-Proclamação da República, em que o Brasil buscava consolidar sua identidade nacional.
Com uma linguagem clara e acessível, adequada ao público jovem, o livro é ilustrado com mapas e gravuras que facilitam a compreensão dos temas abordados.
Além de ensinar sobre o território brasileiro, Através do Brasil também tinha como objetivo formar cidadãos conscientes e engajados, promovendo valores cívicos e o orgulho pela pátria. Amplamente adotado nas escolas, a obra teve um impacto duradouro na educação brasileira, permanecendo como referência por várias décadas. É um exemplo de como a educação pode ser um instrumento poderoso na construção de uma identidade nacional e na formação de cidadãos comprometidos com o futuro do país.
Outros lançamentos
Pela Sétimo Selo, O Senhor do Mundo, 7º volume de A Tragédia Burguesa, de Octavio de Faria.
Nesta parte da monumental saga urbana, Padre Luís volta a exercer protagonismo. Em um mundo à beira do abismo, ele enfrenta uma batalha espiritual contra o Senhor do Mundo. A salvação de uma alma, Reni, torna-se a sua missão, mesmo diante da iminente escuridão. Em meio a uma luta desesperada, a fé e a dúvida se entrelaçam, enquanto a humanidade se vê dividida entre a luz e as trevas.
Esta é uma obra que aprofunda a exploração da condição humana e da luta entre o bem e o mal presente em toda a saga. Este romance continua a acompanhar os personagens em suas jornadas existenciais, marcadas por dilemas morais, paixões avassaladoras e a busca por um sentido para a vida.
Pela Auster, A Arte da Guerra, de Sun Tzu.
Com mais de 2.500 anos de idade, a obra é um clássico que transcende as fronteiras do tempo e da cultura. Dividido em 13 capítulos, este tratado aborda uma ampla gama de temas, desde a importância da inteligência e do engano até a gestão de recursos e a psicologia da guerra.
O livro não é apenas um manual de estratégia militar, mas também um guia para a vida. Seus ensinamentos sobre liderança, tomada de decisões e adaptação a novas situações são tão relevantes hoje quanto eram no passado.
A edição possui diversas imagens e ilustrações que complementam a obra.