LEIA NESTA EDIÇÃO丨14

Bruna Torlay
Bruna Torlay
Estudiosa de filosofia e escritora, frequenta menos o noticiário que as obras de Platão.

O mês de novembro foi um prato cheio para se repensar o significado das Eleições, ou de quantos modos esse invento humano resolve e gera desconfianças. Por isso, a edição de novembro é inteiramente dedicada ao tema, abrangendo do controverso processo americano às urnas tecnológicas impassíveis de recontagem que nos assombram; do cenário brasileiro aos laços históricos entre voto, justiça e espírito democrático.

A seção Governança e Estratégia abre a edição com matéria especial sobre os nexos entre a Globalização e as Eleições americanas de 2020, assinada por Heitor de Paola.

Conversar é pensar junto amplia a análise por meio de uma conversa com John Jamieson, americano, estudioso de filosofia política e simpatizante de Donald Trump que acompanhou de perto tudo o que conduziu o processo eleitoral a ir parar na justiça nos EUA.

O quê, quando e onde da primeira eleição americana é descrita por Claudio Dirani em Turismo e História, que traça este mês o Perfil de Jânio Quadros e, de quebra, faz uma retrospectiva das marchinhas e jingles eleitoreiros mais marcantes em CrossRoads.

Ordem do dia traz um balanço das eleições municipais 2020 por aqui, enquanto Ativismo em Pauta apresenta aos leitores uma ferramenta pouco usada nas campanhas de ativistas que tentaram, sem sorte nem método apropriado, a sorte nas eleições deste ano.

Contra fraudes descaradas, mas sempre em favor do humor explícito, Território do riso apresenta o projeto Encontros pelo Brasil, de Odair Del Pozzo, mimetizando em matéria o estilo do astro do canal bolsonarista mais divertido do Youtube.

Viver Bem contesta a eleição da medicina cartesiana como chave para se vencer o câncer, apresentando teorias e práticas que mereceram o Nobel na década de 1930 e continuam em alta.

Na Marca da cal, Paulo Sanchotene delineia o estatuto de Maradona na história cívica da Argentina, explicando porque o ídolo chegou a ser eleito a um posto que nunca poderia ser seu.

John de Miranda escreve um Ensaio sobre representação política tendo como material de reflexão o cenário brasileiro, enquanto Política e Sociedade privilegia o argumento de que todo processo eleitoral anda lado a lado com infinitos métodos de fraude possíveis, sendo o ser humano aquilo que é, e ambicionando o que ambiciona.

O Mercador de Veneza, de Shakespeare, é a isca lançada aos leitores pelo autor da seção A alta cultura está morta? Descubra onde ele pretende levá-lo, antes de recordar os dotes pictóricos do político Churchill, e a perspicácia política do escritor Orwell, na seção A beleza importa.

Após conferir as Confissões de uma eleitora cansada, entenda porque as ideologias e o gnosticismo são o solo e o adubo das democracias modernas, em Patrimônio e Memória.

Por último, descubra como e por quê o povo ateniense se auto-governava de fato, enquanto resta a nós apelar às abstenções, diante de um modelo democrático tão afeito às finalidades das oligarquias. E o povo com isso? Nessas eleições, pelo visto pouco ou nada. 

Esperando conquistar o voto de confiança de cada um de vocês, leitores, desejo a todos uma leitura bem mais agradável que sua última visita à cabine de votação.

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