HOJE NA HISTÓRIA | Nossa Senhora da Conceição “Aparecida”

Vitor Marcolin
Vitor Marcolin
Ganhador do Prêmio de Incentivo à Publicação Literária -- Antologia 200 Anos de Independência (2022). Nesta coluna, caro leitor, você encontrará contos, crônicas, resenhas e ensaios sobre as minhas leituras da vida e de alguns livros. Escrevo sobre literatura, crítica literária, história e filosofia. Decidi, a fim de me diferenciar das outras colunas que pululam pelos rincões da Internet, ser sincero a ponto de escrever com o coração na mão. Acredito que a responsabilidade do Eu Substancial diante de Deus seja o norte do escritor sincero. Fiz desta realidade uma meta de vida. Convido-o a me acompanhar, sigamos juntos.

O mundo lusófono nasceu da devoção à Virgem Maria

Honrar pai e mãe implica em honrar a terra em que se nasce, a língua por meio da qual se é apresentado à realidade e a religião. O Brasil, o rebento mais vigoroso de Portugal, nasceu sob a mesma vocação da Pátria-Mãe: levar o Evangelho de Jesus Christo a povos estranhos e distantes. Causa enorme estranheza dizer isso hoje, porque esse discurso destoa frontalmente da narrativa oficial sobre praticamente todas as coisas.

Os meios de interpretação da existência simplesmente não admitem aquela porção da realidade que não pode ser mensurada, a porção transcendente. Tudo é objeto do criticismo, do relativismo, do materialismo; fala-se do Brasil por meio da luta de classes, da injustiça social, da apropriação cultural, da corrupção política, da opressão do patriarcado, do machismo, do racismo e de outros mil temas que cansariam qualquer cidadão do primeiro mundo.

No entanto, todas essas coisas perdem completamente o sentido quando considera-se a nação brasileira desde a sua origem espiritual. É bastante evidente que ninguém é obrigado a crer nisto, mas é fundamental considerar as implicações desta realidade quando o objeto de estudo é o Brasil. Deus sonhou com o Brasil quando pediu a Dom Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, que constituísse um reino para levar o seu nome — o nome de Jesus — aos povos estrangeiros.

A nação portuguesa nasceu sob a proteção da Virgem “sem pecado concebida”. Foram os portugueses que deram início à prática da devoção a Nossa Senhora da Conceição. Antes mesmo que a Igreja proclamasse o Dogma da Imaculada Conceição — de que a Santíssima Virgem Maria fora concebida sem a mancha do pecado original –, Portugal já cultivava essa devoção. Na primeira metade do século XVII, o rei de Portugal consagrou todo o reino e os seus territórios de ultramar à Virgem da Conceição.

A devoção, portanto, fora disseminada em todas as partes do reino. Uma estátua de Nossa Senhora da Conceição, feita em barro da região de São Paulo por alguém desconhecido, quebrou-se e fora lançada no rio. Em 1717 a imagem fora milagrosamente “pescada” e, desde então, através dela Deus operou inúmeros milagres. Porque apareceu num contexto milagroso no rio Paraíba, o termo “Aparecida” fora adicionado ao nome original: Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

D. Pedro I (cujo aniversário é em 12 de outubro) consagrou o Brasil a Nossa Senhora Aparecida, quando de sua passagem pelo Vale do Paraíba em 1822. Mais tarde, sua neta, a Princesa Isabel, depois de ter suas preces atendidas, ofertou à imagem uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com um manto azul ricamente ornado. A Padroeira do Brasil permanentemente nos recorda de nossa vocação; ela nos pede para não esmorecer, para, em meio às dificuldades, recorrermos constantemente ao seu consolo maternal infalível. Ela nos leva a Jesus.


Com informações do site do Padre Paulo Ricardo.

“Fazei o que ele vos disser!”.

Nossa Senhora falando-nos sobre Jesus. Evangelho segundo São João II, 1-11.
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