Faleceu Sir Sidney Poitier

Roberto Lacerda
Roberto Lacerda
Roberto Lacerda Barricelli é jornalista, assessor e historiador. Foi correspondente do Epoch Times e colaborador em diversos jornais, como Jornal da Cidade Online, O Fluminense, São Carlos Dia e Noite, Diário da Manhã, Folha de Angatuba e Jornal da Costa Norte

Consagrado artista americano-bahamense nos deixou aos 94 anos

Nesta sexta-feira (7), o Ministro das Relações Exteriores das Bahamas, Fred Mitchell, confirmou a morte do artista americano-bahamense Sir Sidney Poitier (94), noticiou o Eyewitness News Bahamas.

Nascido prematuramente em Miami, a 20 de fevereiro de 1927, Poitier foi ator e diretor de cinema, além de autor e diplomata. Seu pais eram naturais desse país da América Central, mas o filho nasceu durante uma viagem por mar à Flórida, de acordo com o NPR.

Aos 15 anos foi para a Flórida, mas após pouco tempo se mudou para New York. Dormiu em pontos de o ônibus até conseguir juntar dinheiro e pagar uma “hospedaria”. Ainda menor de idade, mentiu sobre sua data de nascimento para ser enviado à Segunda Guerra Mundial, de acordo com o jornal britânico The Independent.

Recebeu dois Oscars, sendo o primeiro de melhor ator em 1963, por Lilies of the Field (“Lírios do Campo“, em Portugal, e “Uma Voz nas Sombras“, no Brasil), que também lhe rendeu o Globo de Ouro. Em 2002 recebeu seu segundo Oscar, pelo Conjunto da Obra.

Poitier recebeu seu Oscar e o Globo de Ouro durante o auge da luta pelos direitos civis dos negros nos Estados que mantinham leis segregacionistas. Até aquele momento nenhum ator negro havia conquistado o prêmio máximo da Academia, conforme The Sun.

Apenas 11 anos depois, o artista recebeu a honraria de Knighthood (Cavaleiro Comandante) do Império Britânico, que lhe concedeu o direito ao título de “Sir”, informa a BBC. Também serviu como Embaixador Não Residente das Bahamas para o Japão e a Organização das Nações Unidas (1997 – 2007) para a Educação, Ciência e Cultura.

Sua morte encerra um dos mais brilhantes capítulos da história do Cinema e da Cultura.

Com informações de Eyewitness News Bahamas, NPR, The Independent, RTP, Cine Players e BBC


A grandeza do homem consiste na sua decisão de ser mais forte que a condição humana

— Albert Camus

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