A empresa nipônica Ispace planeja enviar um módulo com dois rovers à Lua antes do fim deste ano
Em pouco tempo, a superfície lunar abrigará bairros inteiros, com centros médicos, supermercados, Igrejas, bibliotecas públicas, parques, cafés e clubes de boliche. Esta é a impressão que o leitor médio tem quando ouve sobre as notícias — praticamente semanais — acerca da exploração espacial. Os principais objetos de interesse das grandes companhias de exploração do Espaço são Marte e o nosso satélite natural, a Lua.
Desde que a Rússia dera o pontapé inicial com o envio do satélite “rudimentar” Sputnik, em 1957, e os Estados Unidos, que não dão o braço a torcer, puseram o primeiro homem para caminhar na Lua, em 1969, outros países passaram a organizar as suas próprias missões. Recentemente, foi a vez do Japão anunciar seus planos de conquista do Espaço — ao menos da Lua.

A empresa nipônica Ispace, companhia que desenvolve tecnologia robótica para a exploração espacial, anunciou que planeja pousar um módulo lunar com dois rovers — robôs de exploração — antes do fim deste ano. Se o projeto for bem-sucedido, esta será a primeira vez que uma sonda japonesa alcançará a superfície lunar.
Com efeito, pelo menos para os entusiastas das notícias sobre o Espaço, este ano consta na agenda de importantes missões de exploração. Há o projeto Artemis I, a primeira da série Artemis da NASA, que planeja levar o homem à Lua; a Coreia do Sul também tem planos para lançar o seu primeiro orbitar lunar até este Natal; e os russos seguem firme com a sua sonda Luna-25. Só a Índia — não se sabe ao certo o porquê — decidiu adiar a sua segunda tentativa de pouso robótico em solo lunar para 2023.

Integrante da Missão 1 (M1), a sonda nipônica não será maior do que uma banheira de ofurô. Atualmente, o equipamento encontra-se na fase final das montagens nas dependências da Arianespace (empresa francesa fundada em 1980), na Alemanha. O foguete responsável pelo lançamento da M1 será um Falcon 9, da SpaceX. Uma vez no éter espacial, a sonda levará de três a quatro meses para alcançar o satélite natural da Terra; isto porque a missão valer-se-á de uma trajetória longa a fim de poupar combustível.
A missão japonesa almeja mais 10 pousos lunares nos próximos anos a fim de prospectar o solo lunar em busca de recursos minerais, como o ferro e o silício. Seus primeiros clientes serão a Agência Espacial Japonesa (JAXA) e o Programa Espacial dos Emirados Árabes Unidos, que pretende levar o seu primeiro rover lunar, o Rashid.
Com informações do CanalTech e do site oficial da Ispace.

“Magnífica desolação!”.
— Buzz Aldrin ao pisar na Lua
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