DOSE DE FÉ | Zita

Leônidas Pellegrini
Leônidas Pellegrini
Professor, escritor e revisor.

Padroeira das empregadas domésticas, Santa Zita passou sua vida em oração e serviço, e tudo o que ganhava dava aos pobres

Hoje é dia de Santa Zita, virgem e leiga.

Nascida no povoado de Monsagrati, perto de Lucca, em 1218, Zita era de uma família pobre e com muitos filhos. Aos 12 anos, foi enviada para trabalhar como criada de uma família rica em Lucca.

A família para a qual trabalhava não era lá muito piedosa. Suas condições de trabalho constituíam uma semiescravidão. Além disso, seus patrões eram pessoas intratáveis. Em seus primeiros anos na casa, a pequena Zita era maltratada tanto pelos chefes como por outros empregados. Ainda assim, ela suportava tudo com humildade e fé, trabalhando com zelo e em constante oração, e o pouco que ganhava dava todo aos pobres.

Com o tempo, o zelo de Zita foi percebido pelos patrões, que a promoveram a governanta. Isso gerou inveja por parte de outra criada, que a acusou de estar roubando alimentos da despensa para distribuir aos pobres em segredo. Certa vez, flagrada pelo patrão com um grade volume sob o avental, ele lhe perguntou o que levava, e ela respondeu: “São flores”. De fato, quando Zita abriu o avental, um grande volume de flores caiu sobre seus pés e ela foi inocentada.

Zita faleceu em 27 de abril de 1278, aos 60 anos, sem ter parado de auxiliar os pobres um único dia de sua vida. Após sua morte, muitas graças passaram a acontecer aos que invocavam sua intercessão. Por causa desses vários milagres, seu corpo foi levado para a Basílica de São Frediano, em Lucca. Durante seu longo processo de beatificação, quando exumaram seu cadáver em 1652, ele foi descoberto incorrupto. Em 1696, foi canonizada por Inocêncio XII. Mais tarde, o Venerável Pio XII declarou-a Padroeira das empregadas domésticas.

Santa Zita, rogai por nós!

 

Epitáfio a Santa Zita

 

Trabalhando, e nem sempre bem tratada,

silenciosa ela passou sua vida,

à labuta diária dedicada,

e aos pobres, de quem era tão querida.

 

Tentaram-na fazer injustiçada,

mas foi por um milagre defendida,

por mãos da Providência anistiada,

pois por Jesus ela era protegida.

 

Sua vida foi trabalho e oração,

além de inabalável caridade,

e por tamanho amor e abnegação,

 

hoje mora com Deus em Sua Cidade,

gozando da feliz Glória Infinita,

aquela a quem chamamos Santa Zita.


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