Fundadora do Instituto das Filhas da Misericórdia, Santa Maria Josefa Rossello fez valer os talentos que Deus lhe deu em seu carisma junto às crianças
Hoje é dia de Santa Maria Josefa Rossello, virgem.
Nascida em Savona, na Itália, em 1811, e batizada como Benedita Rossello, a pequena era a quarta dos dez filhos de um casal pobre, mas muito rico em piedade, o que influenciou a formação de seu caráter.
Aos 19 anos, Benedita foi trabalhar como empregada doméstica de um casal muito piedoso, os Malone, que não conseguia ter filhos. Depois de sete anos entre eles, quando o Sr. Malone faleceu, a viúva propôs a Benedita que se tornasse sua filha, legando a ela toda sua herança, mas a jovem recusou, pois seu sonho era poder seguir a vida religiosa. Assim, a Sra. Malone ajudou-a a ingressar na Ordem Terceira de São Francisco.
Por sua devoção a São José, Benedita mudou seu nome para Maria Josefa, e logo descobriu sua vocação na catequese de crianças. Em 1837, Agostinho Maria de Mari, Bispo diocesano, percebendo aquele seu rico carisma, ofereceu a ela e outras duas voluntárias uma casa que foi transformada em um instituto de educação para meninas pobres. A obra deu muitos frutos, e, em 1840, transformava-se no Instituto das Filhas da Misericórdia, que teve Madre Rossello como primeira Superiora Geral.
Durante as 4 décadas em que esteve à frente do Instituto, Madre Rosello expandiu sua admirável obra pela Europa, África e América do Sul. Seu lema, que costumava repetir sempre às irmãs do Instituto, era: “Coração a Deus e mãos ao trabalho”.
Santa Maria Josefa Rossello faleceu na Casa Madre de Savona, em 7 de dezembro de 1880, aos 69 anos, devido a complicações cardíacas que sempre afligiram sua saúde. Em 1887, seus restos mortais foram transferidos do Cemitério Municipal de Savona para o jardim da Casa Madre. Atualmente, a Família Roselliana está presente em 19 países e conta com 736 religiosas, 1030 leigos e 186 sacerdotes.
Santa Maria Josefa Rossello, rogai por nós!
A Santa Maria Josefa Rossello
Viveu há muito na Itália
Benedita, uma menina
de coração piedoso
e de saúde franzina.
Tornar-se religiosa
era tudo o que queria,
mas para isso a pequena
um tempo ainda esperaria.
Muito pobre, precisou
trabalhar como empregada
de um casal, que a adotou
como filha muito amada.
No entanto ela recusou
tornar-se uma rica herdeira,
e realizou finalmente
seu sonho: sagrou-se freira.
Irmã Maria Josefa
passou então a chamar-se,
pois a Maria e José
quis de pronto consagrar-se.
Descobriu sua vocação
como exímia catequista
junto às crianças, por quem
era altamente bem-quista.
Muitos outros pequeninos
mundo afora ela atendeu,
quando fundou um instituto
que prosperou e cresceu.
Morreu cercada de amor,
mulher de fibra e de fé,
e no Céu a recebeu
o glorioso São José.