Nascido pagão, viveu como missionário ao serviço de Deus e alcançou a Santidade
Hoje é dia de São Martinho de Tours. Nascido em 316, na Panônia (atual Hungria), de família pagã, seguiu a catequese desde cedo. Ainda jovem, também, seguiu a profissão do pai, vestindo as divisas militares já aos 15 anos. Bem cedo foi apelidado “soldado santo”.
Conta sua biografia que, ainda jovem militar, mas não batizado, repartiu seu manto em duas partes para dá-lo a um pobre. Durante a noite, teve a visão que mudaria seu destino: Cristo, vestindo a parte doada do manto, dizia aos anjos que o cercavam: “Martinho, que ainda é apenas catecúmeno, cobriu-me com esta veste”.
Depois disso foi batizado, abandonou a carreira militar e, sob a orientação e paternidade de Santo Hilário, tornou-se monge, diácono e fundador do primeiro mosteiro da França, em Ligugé. Seu trabalho missionário na evangelização dos povos pagãos lhe rendeu a sagração como Bispo de Tours. São Martinho de Tours, rogai por nós!
Martinho e o pobre
Num dia frio de inverno, a cavalgar
vinha o jovem Martinho, quando viu
um mendigo que esmola lhe pediu.
Colhido de surpresa, o militar
pôs-se a em todos os bolsos procurar
moeda ou pão, mas nada descobriu,
e então, à espada, o manto seu partiu
em duas partes, e a melhor do par
ofereceu ao pobre. À meia-noite,
uma visão ao jovem causa espanto
e em cheio a alma lhe acerta em doce açoite:
Jesus, cercado de anjos, veste o manto
que havia pouco ele cedera ao pobre,
que, enfim, é o próprio Deus que se descobre.
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